Os policiais militares do Acre reclamam que estão sem receber fardamento e outros equipamentos há mais de cinco anos do estado. Segundo a Associação do Militares do Acre (AME), os cerca de 2,5 mil militares do estado precisam comprar com dinheiro próprio a farda para poder trabalhar.
Ao G1, a Polícia Militar (PM-AC) informou que um processo licitatório está aberto para a compra de fardamento, mas ainda não há um prazo para que seja entregue aos militares. Segundo o órgão, até o final do ano, os policiais que estão na ativa devem receber dois fardamentos completos.
O presidente da AME, Joelson Dias, disse que é direito dos militares receberem dois fardamentos por ano. Isso desde o estatuto de 2006, mas de lá para cá, a regra nunca foi aplicada, segundo Dias.
O fardamento inclui a camisa, calça, blusa, além do cinto onde os militares colocam o armamento e coturno. De acordo com Dias, o fardamento completo custa de R$ 700 a R$ 800.
“A gente tem um direito, desde julho de 2006, a dois fardamentos completos por ano. Esse é um direito que o Estado nunca cumpriu na sua totalidade. E esse negócio se agravou nos últimos cinco anos em que o estado passou a não ofertar nenhum”, disse Dias.
Protesto por melhorias trabalhistas
Um grupo de policiais militares do Acre fechou a Avenida Brasil, no Centro de Rio Branco, na terça-feira (3) para cobrar melhorias trabalhistas.
Entre os pedidos está fardamento, novos coletes e o pagamento da sexta parte dos servidores. O ato ocorre em frente ao gabinete do governador do Acre.
Por meio de nota, o governo do Acre esclareceu que sempre esteve aberto ao diálogo com as entidades representativas de classe dos militares. O governo garantiu que houve uma reorganização dos quadros e diminuição no tempo entre as promoções na carreira.