Corpo de Marcela Andreia foi encontrado dentro de duas malas dentro do Igarapé Judia, em novembro de 2017. Três dos suspeitos foram presos e um menor apreendido pelo crime.
Oito pessoas são investigadas pela morte bárbara de Marcela Andreia, que teve o corpo esquartejado e encontrado dentro de duas malas dentro do Igarapé Judia, em Rio Branco.
As malas foram encontradas por moradores em novembro do ano passado. A diarista teria sido morta a facadas e esquartejada para ser colocada dentro das malas.
A vítima foi reconhecida pelas tatuagens por parentes, no Instituto Médico Legal (IML). Na época que o corpo foi encontrado, um parente, que pediu para não ser identificado, contou ao G1 que a família não tinha contato com a diarista há dois dias. Marcela morava com a família no bairro Seis de Agosto, mas tinha se mudado recentemente.
O coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Rêmulo Diniz, contou que três dos investigados estão presos por outros delitos. Entre os envolvidos, a polícia disse que tem adolescentes. Ele garantiu que as investigações estão bem avançadas.
“Temos a motivação real do crime, bem como a dinâmica de como se deu a execução e ocultação do cadáver. Todas as informações devem ser repassadas logo que saírem os mandados e também que seja definida a autoria por parte de pessoas que conhecemos apenas pelo vulgo”, assegurou.
Ainda segundo a polícia, dois dos suspeitos foram presos na cidade de Brasileia, interior do Acre. O terceiro foi encontrado na capital acreana. Diniz explicou que aguarda a expedição dos mandados judiciais para concluir o inquérito.
“Já estamos com as investigações bem avançadas e esperamos que os autores sejam apresentados o quanto antes para que a sociedade possa denunciá-los por outros crimes. Temos que identificar outras pessoas, que provavelmente são menores e por isso a dificuldade, porque não possuem registro de identidade nem nas vara criminais”, avaliou.
O delegado não detalhou a motivação do crime, porém, deixou claro que os motivos usados para matar a diarista são bem parecidos com a morte de Julie de Lima Ribeiro, morta por membros da facção da qual pertencia sob a acusação de traição.
“A forma de brutalidade e de ocultação foi um pouco maior. A Julie foi ocultada em cova rasa e a senhora jogada no rio teve o corpo divido em malas. A motivação é muito parecida, inclusive, a relação com ex-companheiros”, finalizou.