MP denuncia 38 presos em ‘Operação Repatriar’ por associação ao tráfico no Acre

Porém, conforme o MP-AC, um inquérito foi arquivado e outras quatro pessoas não foram denunciadas inicialmente por já responderem pelo crime de associação ao tráfico. Além do Acre, a “Operação Repatriar” também ocorreu nos estados do Amazonas e Mato Grosso.

A denúncia foi feita à Vara de Delitos de Drogas e Acidentes de Trânsito pela 3ª Promotoria Criminal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecco). O documento foi assinado pelos promotores de Justiça Ildon Maximiano e Marcos Galina.

O MP-AC afirma que outros crimes estão sendo analisados e podem ser inseridos na ação. Além disso, destacou que alguns acusados já respondem por outros crimes, mas em processos diferentes pois durante a operação a polícia encontrou drogas e armas com os criminosos.

A denúncia feita pelo MP-AC foi dividida em três partes, pois se referem a facções criminosas diferentes. O primeiro grupo, segundo o órgão, era chefiado por Revelino de Alencar Souza, conhecido como Lino, que já tinha condenações por tráfico, sendo uma delas no Mato Grosso onde ele já permaneceu preso.

O grupo de Souza, conforme o MP, traficava drogas em nível estadual e enviava o entorpecente, por meio de motoristas, para outros estado.

Uma segundo grupo criminoso, chefiado por Genérico Gomes da Silva, conhecido como Seninha, atuava com a esposa e o irmão no tráfico de drogas.

O último grupo, tinha como chefe Anderson dos Santos, que era chamado de Lorim, Barriga Branca e Gordinho. Segundo o MP-AC, o traficante está também envolvido na morte do empresário boliviano Tony Gomez Levereny, de 45 anos. A vítima foi morta dentro a tiros dentro do próprio restaurante em dezembro de 2017, em Epitaciolândia.

Santos já foi denunciado pelo homicídio junto com Eldo da Silva Almeida e Joebson Aliton de Araújo Amorim. Todos estão presos. O MP-AC pede a condenação dos denunciados por crime de homicídio duplamente qualificado.

Mais de 45 veículos foram apreendidos e 50 pessoas presas durante a operação deflagrada pela Polícia Civil do Acre em fevereiro deste ano. As investigações iniciaram em fevereiro de 2017 nos estados do Acre, Mato Grosso e Amazonas.

Policiais da Delegacia de Repreensão a Entorpecentes (DRE) cumpriram vários mandados judiciais e apreenderam drogas em cidades do Acre.

Além das prisões e apreensões, a polícia pediu o bloqueio de 43 contas bancárias dos investigados. Os bens e drogas apreendidos no período de investigação somam um valor aproximado de R$ 2,1 milhões.