Ato ocorreu após morte do mototaxista Rogério Castro, morto durante uma corrida na noite desta terça (10).
Um grupo de mototaxistas fechou a Avenida Antônio da Rocha Viana, no Bosque, para protestar pela demora na liberação do corpo de Rogério Araújo Castro, assassinado durante uma corrida na noite desta terça-feira (10). A via foi liberada por volta das 9h.
O mototaxista estava em uma corrida para o bairro Airton Sena, Região da Baixada da Sobral. Castro tinha uma perfuração no tórax e quase teve o pescoço degolado. Segundo a polícia, o passageiro é o principal suspeito do crime e é procurado.
Os manifestantes pediram ainda mais segurança para a categoria. A avenida foi liberada cerca de 30 minutos depois, segundo o presidente do Sindicato dos Mototaxistas (Sindmoto), Luiz Araújo.
“Houve a morte por volta das 8h da noite, chegamos aqui no IML e, segundo informações, podia fazer a partir de seis horas após morte e iria fazer toda necropsia a partir das 8h da manhã. Chegamos nesse horário nos passaram que só iriam liberar o corpo meio-dia. Isso é um descaso com a população em geral. Fechamos para ver se o poder público se sensibiliza e resolve”, reclamou.
Ao G1, a Segurança Pública do Acre informou que a Legislação garante que a perícia pode ser iniciada no período de até seis horas. Mas, que cada caso é diferente do outro. O órgão garantiu que o corpo foi liberado antes das 9h desta quarta.
Mesmo com a promessa de liberar o cadáver antes do meio-dia, Araújo disse que a categoria não vai liberar a avenida e pede mais segurança para os servidores.
“A categoria está irredutível, não quer liberar. E, clamamos por segurança. O Estado está entregue, perdeu as rédeas”, lamentou.
Mototaxista há 20 anos.
O presidente lembrou ainda que Rogério Castro fazia parte da categoria há 20 anos. Ele disse que em 17 anos, cerca de 15 mototaxistas foram assassinados.
“Solicitaram a corrida e chegando lá, acho que não quis adentrar mais, passaram a faca na garganta dele e deram duas furadas nele. Foi sim [o passageiro]”, concluiu.