No mesmo período foram abertos 131 novos empreendimentos na capital acreana. Pesquisa mostrou ainda que 2016 foi o ano com maior fechamento de empresas, total de 1.536.
Mais de 200 empresas fecharam em Rio Branco no período de janeiro a março de 2018. Os dados foram divulgados pela Junta Comercial do Acre. No Centro comercial da capital acreana não é difícil ver comércios com as portas fechadas.
Os lojistas afirmam que ver a situação de outras lojas acaba aumentando a sensação de crise.
“Quanto mais comércio, mais pessoas procuram produtos e o movimento melhora. Isso [lojas fechadas] afeta os outros, pois as pessoas acham que porque fechou uma vai fechar as outras lojas também. Quando fecha um já devemos ter medo de fechar o da gente”, lamenta o comerciante Tancredo Lima.
Jefson Segóvia destaca que consegue se manter com as portas abertas porque boa parte dos produtos ofertados por ele também também são vendidos pela internet.
“Aqui temos tentado colocar preços mais atrativos para poder chamar a atenção desse público de passagem. Devido a ser uma região central encontramos pessoas de classe baixa, média e alta”, destaca.
A pesquisa mostrou ainda que 2016 foi o ano com maior número de empresas fechadas. Ao todo, 1.536 pequenos, médios e grandes empreendedores fecharam as portas.
Mesmo assim, o presidente da Junta Comercial do Acre, Carlos Afonso, afirma que o setor apresentou um pequeno sinal de recuperação da economia. Em 2017, segundo o órgão, foram abertos 588 novos empreendimentos e outros 847 foram fechados. Em 2018 foram abertas 131 empresas e 205 fechadas.
Além disso, a expectativa é que com a chegada do verão o setor da construção civil comece a dar sinais de melhoras na economia, o que deve também aquecer outros setores.
“As pessoas estão voltando a acreditar. Acho que o índice de confiabilidade na economia está aumentando. A construção civil deve dar sinais de recuperação e com isso, certamente, a nossa economia vai ter um incremento maior”, afirma Afonso.