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Laudo aponta que adolescente de 13 anos não morreu de meningite bacteriana e causa da morte ainda é investigada

José Matuzalém morreu no último dia 7, em Rio Branco, e foi apontado no atestado de óbito que causa era meningite bacteriana. Resultado do exame foi divulgado nesta terça (17).


A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) anunciou, nesta terça-feira (17), que foi descartada meningite bacteriana como causa morte do adolescente José Matuzalém dos Reis, de 13 anos.


O garoto morreu no último dia 7 no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) e o atestado de óbito afirmava que o jovem havia sido vítima da doença.


Ainda segundo a Saúde, a causa morte de Reis ainda é investigada pela Vigilância Epidemiológica. A reportagem tentou contato com a família do adolescente, mas não obteve retorno até esta publicação.


No dia da morte de Reis, a família falou que era a segunda vez que o garoto contraía a doença. Segundo a avó dele, a primeira vez que o adolescente teve meningite foi em 2015.


Após o caso, a Sesacre divulgou uma nota afirmando que tinha sido feito exame de cultura para determinação e identificação de agente causal da doença. A família chegou a ser imunizada como prevenção da doença.


O coordenador dos Agravos de Meningites da Vigilância Epidemiológica, Ivan Galvão, confirmou que o resultado do exame do adolescente saiu nesta segunda-feira (16).


“O exame de cultura é solicitado no momento do determinado agravo do paciente. A partir daí é coletado um material da coluna e é feita a cultura para determinar o agente causal da doença. Está sendo feita investigação epidemiológica para determinar junto aos demais exames anexos a causa morte do paciente”, complementou.


Galvão lamentou ainda que a doença tenha sido apontada como causa morte do adolescente antes do resultado do exame. Porém, ele disse que foram feitos todos os procedimentos para evitar uma propagação.


“Infelizmente houve essa situação. Com relação a conduta epidemiológica toda as medidas pertinentes, o contingenciamento do caso, evitar propagação foram feitas”, ressaltou.


Investigação

A gerente do departamento de Vigilância Epidemiológica. Eliane Costa, disse que a Saúde tem até 120 dias para investigar e descobrir do que a criança morreu. Ela disse que a investigação tem três fases: ambulatorial, na casa do adolescente e no hospital.


“Vamos fazer buscas nos prontuários para saber se tem alguma informação adicional que possa veicular outro agravo de notificação compulsória. Se não encontrarmos nenhuma sintomatologia ligada ao agravo que monitoramos, fica por conta do Núcleo de Vigilância hospitalar que, em conjunto com a área técnica de investigação de óbitos, vai identificar outra informação que possa esclarecer o caso”, acrescentou.


Meningite

A meningite é transmitida quando pequenas gotas de saliva da pessoa infectada entram em contato com as mucosas do nariz ou da boca de um indivíduo saudável. Pode ser por meio de tosse, espirro ou pelo contato com barras de apoio dos ônibus, por exemplo. Por isso, ambientes com muita gente e pouca circulação de ar são ideais para o contágio, e a doença costuma se espalhar muito no inverno.


Os principais sintomas da meningite são dor de cabeça, febre e confusão mental. Nem sempre há rigidez na nuca, e o teste não pode ser feito por um leigo apenas ao baixar a cabeça – só um médico pode avaliar o quadro corretamente. O diagnóstico “padrão ouro” ocorre pelo exame do líquor, líquido que banha o sistema nervoso. A cor do líquor já indica se a meningite é por bactéria ou vírus.


As vacinas de meningite disponíveis na rede pública são: pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, e pentavalente. Já na rede privada, para crianças, são oferecidas a pneumocócica 13 valente, a meningocócica A, C, W, Y, e a pentavalente.


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