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Grupo lança livro digital sobre cultura e práticas indígenas em universidade do Acre

E-book ‘Atualizar o Mito – Práticas Indígenas na Universidade’ vai ser lançado às 19h desta quinta (19). Material é resultado de uma coletânea de pesquisas de estudantes da Ufac.


Para comemorar o Dia do Índio, celebrado nesta quinta-feira (19), um grupo de alunos e ex-alunos da Universidade Federal do Acre (Ufac) lança o livro “Atualizar o Mito – Práticas Indígenas na Universidade”.


O livro é resultado de uma coletânea de pesquisas sobre povos indígenas, construção da identidade e o processo de resistência dentro da universidade.


Sem recursos para imprimir alguns exemplares, os autores lançam o trabalho em e-book, às 19h, na sala ambiente do curso de ciências sociais da Ufac. Oito autores compõe a autoria do material, sob supervisão da orientadora Célia Collet. A maioria dos capítulos foi formada com o trabalho de conclusão de cursos dos alunos.


A estudante Alana Manchineri é uma das autoras do material. Um dos capítulos escritos por ela é sobre um projeto-piloto desenvolvido em uma escola de Rio Branco. Estudante do curso de licenciatura, Alana escreveu artigos para o livro


“Minha pesquisa aborda um pouco sobre a lei 11.645/2008 e temos um projeto-piloto na escola Iza Melo, no São Francisco, onde trabalhamos toda essa questão cultural dos povos indígenas. Tenho outro capítulo que fala um pouco sobre a construção de identidade, o processo de resistência nosso dentro da universidade. Fala um pouco sobre cada um, a construção do discurso coletivo”, acrescentou.


A estudante diz que o trabalho na escola funcionou como uma formatação da implementação da lei. A ideia, segundo Alana, era ajudar esses alunos na aceitação e identificação no colégio. O processo e resulto estão descritos na obra.


“Percebemos que todo abril trabalhamos o dia 19, vamos na escola, fazemos palestras, mas não conseguiria mudar a realidade. Como na Iza Melo tem muito estudantes indígenas, a gente ficou o ano todinho lá para ver como seria o antes e depois do nosso trabalho. O resultado é que conseguimos fazer com que as crianças tivessem menos preconceito, e as crianças indígenas se auto denominassem como indígena”, falou.


Demais pesquisas

Os demais capítulos abordam temas como o contato do povo Jaminawás com a cidade, as fronteiras inexistentes entre os povos e territorialidade do povo Manchineri, entre outros. Os autores são de diversos cursos da Ufac, que formam um grupo de estudantes indígenas da universidade.


“O pessoal vai levar um grupo indígena para fazer uma apresentação de canto e dança. Depois cada autor vai abordar seu capítulo, falar sobre o que é e o que trata. Queríamos até imprimir alguns exemplares, mas é caro e precisa diagramar para outro formato”, lamentou.


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