A Nissan anunciou que venderá a segunda geração do elétrico Leaf no mercado brasileiro e mais seis mercados latinos. E ainda estuda se os venderá também no Panamá e no Peru. Para grande parte dos brasileiros o modelo é novidade, mas o Leaf já está no país há uns quatro anos, quando um lote foi importado em caráter experimental para rodar no Rio de Janeiro e São Paulo como táxi.
“Com os programas-piloto de Leaf Táxi, em São Paulo e no Rio de Janeiro, tivemos um retorno importante, com informações de dirigibilidade e durabilidade sob uso intensivo. Em outros países o Leaf é usado para ir e vir. Nesse caso foi usado como ferramenta de trabalho. A introdução do Leaf na América Latina é um sinal claro da nossa visão corporativa”, diz Marco Silva, presidente da Nissan do Brasil.
Fabricada no Japão, Estados Unidos e Inglaterra, a nova geração do Leaf segue um conceito parecido com o do BMW i3. Além das baterias posicionadas no assoalho, ele recorre a um pequeno motor a combustão para gerar carga para as pilhas evitando que o carro descarregue no meio da rua. No entanto, a unidade movida a combustível é montada junto ao motor elétrico de 110 kW (150 cv) o que não compromete o espaço para bagagem.
Segundo a Nissan, as baterias de 40 kW/h dão ao modelo uma autonomia de 378 quilômetros. A bateria pode ser recarregada na tomada convencional, utilizando o kit Wall Box, que leva uma média de sete horas para completar a recarga. Ou o Leaf pode ser recarregado em postos de carga rápida, em que 80% do armazenamento é completado em apenas uma hora. Na Europa, há unidades de recarga a cada 80 quilômetros, já por aqui…
Um dos grandes atributos da nova geração do Leaf é o sistema e-Pedal. Ele permite que o motorista use apenas o pedal do acelerador para frear e acelerar. Junto com os sensores do monitor de tráfego, a marca garante que 90% da rotina pode ser resolvida utilizando o e-Pedal. No entanto, por via das dúvidas, o pedal gorducho do freio está ao lado.
Valores e datas
O Leaf será uma das atrações da Nissan no Salão do Automóvel, que acontece em novembro. A data das vendas ainda não está fechada, mas deverá ficar para o início de 2019, ou quando o governo federal efetivamente reduzir o IPI dos elétricos, anunciado em janeiro.
Os valores só serão anunciado na véspera. No entanto, já adianto que o Leaf não será barato. Na Europa ele custa o equivalente a R$ 120 mil, por aqui não ficaria abaixo dos R$ 190 mil, mesmo com a marca “cortando gordura” na margem.
