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Cruzeiro do Sul confirma quatro casos de zika; dois são em grávidas

O município de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, confirmou quatro casos do vírus da zika de janeiro a março deste ano. A Secretaria Municipal de Saúde informou ainda que no mesmo período foram notificados ao menos 21 casos da doença na cidade. O vírus da zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti que também é vetor da dengue e chikungunya.


Dois dos casos confirmados são em grávidas, o outro é uma mulher moradora do município de Marechal Thaumaturgo que passou o Natal com a família em Cruzeiro do Sul e foi infectada e o outro de uma residente do município.


Em 2017, apenas três casos foram notificados, mas nenhum confirmado. A coordenadora de vigilância epidemiológica do município, Marcicleide Oliveira, destaca que esses são os primeiros casos do vírus no município o que causa preocupação às autoridades.


“Começamos a fazer o monitoramento mais de perto dessas notificações que chegam até nós através das unidades de saúde. Então, a gente percebeu esse acréscimo e já fizemos uma mobilização entomológica que é responsável pelo bloqueio, ações de controle e combate ao mosquito”, explica.


Chikungunya

Em relação à febre chikungunya, em 2017, foram confirmados 11 casos. Já nos três primeiros meses deste ano a secretaria de Saúde notificou 50 casos, sendo que dez já foram confirmados e outros dez continuam em investigação.


“Os sintomas da dengue, chikungunya e zika são basicamento os mesmos, com poucas diferenças. Há também dor no corpo, dor nos olhos, coceira no corpo. As pessoas precisam procurar a unidade de saúde, pois a partir do quinto dia esses sintomas podem evoluir para sangramento, dores abdominais fortes e é importante ir ao médico e não ficar em casa”, afirma a coordenadora.


Dengue

A dengue também continua sendo um problema em Cruzeiro do Sul. Atualmente são registrados ao menos 120 casos por semana.


Em 2017 foram confirmados 580 casos no município. Este ano quase 1,5 mil já foram notificados e mais de 400 confirmados. Dados da Vigilância Epidemiológica mostram que quase 90% de doenças relacionadas ao mosquito Aedes aegypti estão relacionados a criadouros dentro de residências.


“Mesmo com o município fazendo a sua parte, aumentando as equipes e fazendo a parte de controle, a parte da população é muito importante. Estamos preparados para ensinar e passar para ele como fazer, mas o responsável por cuidar do seu quintal é de cada morador de Cruzeiro do Sul”, destaca a coordenadora de endemias do município, Muana Araújo.


Coordenadora de endemias do município, Muana Araújo, pede que população também faça trabalho de fiscalização em casa para evitar o mosquito (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)

Coordenadora de endemias do município, Muana Araújo, pede que população também faça trabalho de fiscalização em casa para evitar o mosquito (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)


Apesar dos números elevados, a Secretaria Municipal de Saúde acredita que muitas pessoas que apresentam os sintomas das doenças acabam tomando medicamentos por conta própria. Além disso, deixam de ir às unidades básicas de saúde, o que acaba atrapalhando o trabalho de combate ao vetor.


“Fazemos o serviço de visita domiciliar, pedimos que a população faça a parte de combates fazendo a limpeza dos quintais, depósitos de água e entorno de casas. Mas, ainda assim, a pessoa deve buscar o atendimento médico, pois somente após isso é feito o borrifamento que é bloqueio do caso no local”, finaliza Muana.


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