Acre é escolhido como tema do 11º Salão Nacional de Artesanato em Brasília: ‘oportunidade única’, diz artesã

Artesã Rodney Paiva reaproveita madeiras e sementes para fazer bolsas e colares e quer estar entre os selecionados para evento. Acre tem quase 1,5 mil artesãos.

O Acre vai ser tema do 11º Salão Nacional do Artesanato durante um evento previsto para 1 a 5 de maio de 2019, em Brasília. A ação é uma oportunidade para divulgar os produtos desenvolvidos no estado.


A artesã Rodney Paiva relata que vive das peças artesanais há 14 anos. Ela produz colares, bolsas e diferentes acessórios. Madeiras e sementes da região são a matéria-prima usada por ela.


“Obras de madeira das marcenarias e que antes iam para o lixo, hoje eu faço o reaproveitamento”, destaca.


Rodney Paiva quer ser uma das selecionadas para representar o Acre na feira nacional em Brasília (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)

Rodney Paiva quer ser uma das selecionadas para representar o Acre na feira nacional em Brasília (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)


Em uma das peças, ainda em produção, ela usou pedaços de pupunharana que é uma palmeira nativa da Amazônia. A artesã costuma participar de feiras nacionais e está entre as 100 melhores do país.


Rodney já se planeja pra 2019 quando ao menos dez artesãos acreanos vão poder participar de um dos maiores eventos do artesanato nacional. A 11ª edição do Salão Nacional do Artesanato em vai homenagear o Acre e a artesã quer ser uma das selecionadas.


“Eu acho que isso é um privilégio para nós. É muito importante, não só meu artesanato, mas de outros colegas, além da culinária e a dança. Nós temos coisas lindas no nosso estado e essa vai ser uma oportunidade única de mostrar isso”, afirma.


Artesã cria peças reaproveitando madeiras e sementes  (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)

Artesã cria peças reaproveitando madeiras e sementes (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)


A escolha do Acre pra ser tema do evento nacional em Brasília levou em conta alguns fatores. Um é a capacitação de novos artesãos, medida que faz parte das políticas públicas implantadas no estado.


O curso de bordado a mão faz um resgate do uso da técnica que estava cada vez menor na região.


“Hoje na era da máquina ninguém quer mais bordar a mão, embora tenha uma aceitação de mercado muito boa, pois o bordado a mão é algo do tempo da nossa avó. É uma coisa muito primorosa, tem outro preço”, destaca a instrutora Vera Lúcia.


Bordado é uma das técnicas resgatadas por artesãos no Acre (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)

Bordado é uma das técnicas resgatadas por artesãos no Acre (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)


Avaliação

O Programa Nacional do Artesanato Brasileiro, organizador da feira, também avaliou o desempenho do Acre em feiras nacionais e a inovação técnica na criação dos produtos artesanais. Essas questões estão em evolução no cenário regional.


O coordenador de artesanato da Secretaria Estadual de Pequenos Negócios, Wanderson Lopes, falou dos avanços percebidos desde 2015 quando as ações de capacitação foram implantadas.


“A gente mede os indicadores de desempenho pelas feiras nacionais. Geralmente são três ao ano e tem o ranking por estado. O Acre está oscilando sempre entre o 1º e 2º lugar. Isso soma um quantitativo de média R$ 300 mil por comercialização em feiras nacionais”, afirma.


Wanderson Lopes diz que artesanato do  Acre movimenta R$ 5 milhões por ano (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)

Wanderson Lopes diz que artesanato do Acre movimenta R$ 5 milhões por ano (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)


Artesanato movimenta R$ 5 milhões por ano no Acre

O coordenador afirmou ainda que o artesanato acreano movimenta R$ 5 milhões por ano. A produção dos 1486 artesãos são compradas pelo estado através do Fundo Especial de Produção e Comercialização de Artesanato.


Depois, tudo é vendido, principalmente para turistas. Essa é uma maneira de incentivar a atividade que já mostrou potencial de crescimento.


“Nesse novo programa a gente não vê mais o artesanato só como um hobby, mas como um negócio, empreendedorismo. A gente vê o artesanato como forma de negócio para que o artesão se sustente e seja potencial empreendedor do estado”, finaliza.


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