Russa e mexicano se unem a brasileiros para viajar o mundo de bicicleta e passam pelo Acre

Casais devem seguir para Cruzeiro do Sul e depois para a Bolívia. Russa e Mexicano já pedalaram cerca de 15 mil quilômetros juntos.

O sonho de pegar a estrada e conhecer o mundo uniu uma russa e um mexicano. Eles já pedalaram cerca de 15 mil quilômetros juntos. No meio do caminho, eles conheceram um casal de brasileiros que se juntaram na aventura de viajar de bicicleta.


Os quatro passaram pela capital acreana e devem seguir na próxima semana para a segunda maior cidade do Acre, Cruzeiro do Sul. Em seguida, eles partem para Bolívia.


A mochileira Ksenia Zolochevskaia e o namorado Marco Berumen contam a história do encontro deles e dos projetos de viajar pelo mundo. Ele já tinha começado bem antes a aventura diz que já passou por 17 países.


“Ele já estava há dois anos viajando pela América. No segundo dia de viagem, fiquei na casa de um rapaz que conhecia outro rapaz que hospedou o Marco. Ele nos juntou. Daí nos conhecemos e começamos a viajar juntos. Juntos viajamos só o Brasil, mas é um país grande e já foram 15 mil quilômetros”, revela a russa.


Marco Berumen diz que já passou por 17 países de bicicleta (Foto: Arquivo pessoal)

Marco Berumen diz que já passou por 17 países de bicicleta (Foto: Arquivo pessoal)


O viajante Berumen já tinha começado bem antes a aventura sob duas rodas e diz que passou por 17 países. “Eu saí do México, fui até a Argentina e depois subindo 45 mil quilômetros. Passei por 17 países. Minha vontade é seguir, seguir e seguir pedalando. Quero continuar esse projeto e também nesse estilo de vida por um tempo”, comenta o viajante.


Para se manter por cada lugar que passam, eles dão palestras em escolas e fazem alguns trabalhos para levantar dinheiro.


“Essas palestras são bem bacanas, falamos muito em incentivar as pessoas de serem melhores, a nunca deixarem de estudar, tratarem de buscar a felicidade que está dentro de nós, com nossas mínimas capacidades”, diz o mexicano.


Casais de viajantes estão em Rio Branco e devem seguir para Cruzeiro do Sul e depois para a Bolívia (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)

Casais de viajantes estão em Rio Branco e devem seguir para Cruzeiro do Sul e depois para a Bolívia (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)


‘Cruzamos os caminhos deles e fomos inspirados’

Em meio a tantas pedaladas, o casal conheceu Talita Campioni e Elvis Wendt. Ela é natural da cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, e ele de Porto Alegre. Antes eles eram só mochileiros. Agora são viajantes de duas rodas.


“Eu já gostava de pedalar, mas era de casa para o trabalho, do trabalho para casa. Estava morando em Florianópolis, então, tive a oportunidade de rodar a ilha toda, mas é a primeira aventura entre estados e futuramente entre países”, conta Talita.


Os casais se conheceram em 2016 na cidade de Jericoacoara, no Ceará. Os brasileiros faziam um mochilão até Matchu Pitchu, no Peru.


“Eu e o Elvis estávamos fazendo um mochilão para realizar um sonho de criança, que era conhecer Matchu Pitchu e aí cruzamos o caminho deles e fomos inspirados”, revela Talita.


Russa e mexicano se unem a brasileiros para viajar o mundo de bicicleta e passam pelo Acre (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)

Russa e mexicano se unem a brasileiros para viajar o mundo de bicicleta e passam pelo Acre (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)


A viajante diz não sentir falta de um emprego, casa própria e nem de estar casada por enquanto.


“Não me sentia feliz naqueles padrões que eu tinha escolhido. Casada, trabalhando e pagando aluguel e parcela de carro. Já não me sentia feliz com aquilo e descobri que gostava de viajar, passear, conhecer pessoas e culturas. E aí encontrei esse modo para poder suprir essa felicidade e digo que nunca fui tão feliz”, conta Talita.


Wendt explica como faz para se virar com a namorada nas pedaladas mundo a fora. “Seguimos fazendo artes de rua, música, comida para vender e artesanato. Ela faz massagens e a gente trabalha de garçom, barman. Qualquer coisa que a gente possa ganhar uma grana para ir seguindo em frente”, diz.


Eles chegaram há pelo menos uma semana na capital acreana e já estão dando uma olhada nas bicicletas para saber o que precisa consertar, o que precisa fazer de ajustes para continuar a jornada.


Os viajantes de duas rodas têm planos de rodar o mundo inteiro pedalando em meio aos carros. Levando uma vida alternativa ao mundo tradicional.


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