Ação é mais um desdobramento da Operação Impactus no município de Cruzeiro do Sul. Polícia chegou ao corpo após homem preso por apologia denunciar crime.
A Polícia Civil de Cruzeiro do Sul encontrou, na manhã desta sexta-feira (2), o corpo de um homem enterrado na beira do Igarapé Santa Luzia. A ação é um desdobramento da Operação Impactus, que também ocorreu na capital acreana, em Rio Branco.
O homem, que ainda não teve a identidade divulgada, foi morto possivelmente há ao menos uma semana, de acordo com a polícia. O delegado que investiga o caso, Elton Futigami, disse que chegaram até o local do crime, após um jovem de 18 anos, preso por apologia ao crime, nesta quinta (1º), falar em depoimento que tinha envolvimento no crime e ainda apontar os demais suspeitos.
Os policiais cumpriram mandados de busca e prisão expedidos pela 1ª Vara Criminal e prenderam seis pessoas, sendo cinco homens, uma mulher e apreenderam um menor, acusados de homicídio e ocultação de cadáver. Futigami disse que já tinha a informação de que membros de facção tinham executado e enterrado uma pessoa na última sexta (23).
Os presos vão ser enquadrados por posse ilegal de arma de fogo, por integrar organização criminosa, homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores.
“Tínhamos a missão de identificar os autores e isso foi feito. Conseguimos prender os envolvidos, localizamos o corpo e agora vamos fazer os procedimentos legais para os esclarecimentos dos fatos. A motivação foi a guerra entre faccionados. Segundo o que já foi operado, a vítima pertencia a uma facção rival e estaria perturbando e ameaçando a comunidade, assim como os autores”, afirmou o delegado.
O corpo foi desenterrado e recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML). Até o fechamento da publicação, ninguém havia procurado o IML para identificar o corpo.
“A vítima foi morta com facadas. Ele [vítima] foi levado ao local com o pretexto de usar drogas e, chegando ao local, começaram a interrogar a vítima para saber se ela pertencia a organização rival. Quando confirmaram, decidiram executá-lo. Vamos buscar a identificação da vítima, sendo que ninguém procurou a delegacia para registrar o desaparecimento”, acrescentou Futigami.
O delegado afirmou ainda que o líder de uma organização está entre os presos e que alguns já têm passagem pela polícia por porte de arma, tráfico de drogas e envolvimento em organização criminosa.
“Um deles era líder do Comando Vermelho na comunidade. Conseguimos prender essa turma que atormentava os moradores. Vamos desenvolver outras ações na luta contra o crime organizado em nossa região”, finalizou o delegado.