Delegado que investiga o caso diz que não houve movimentação bancária e nem telefônica feita por nenhum dos desaparecidos. Casal desapareceu em junho de 2016.
O desaparecimento da estudante Rairleny Ganum da Silva e do idoso Arnaldo Reis Praxedes continua sendo um mistério. Após quase dois anos de investigação, a Polícia Civil afirma que não tem pistas sobre o paradeiro da dupla que sumiu em 2 de junho de 2016.
O casal desapareceu, segundo informações da família de Rairleny, após a estudar e Praxedes saíram de carro. No dia seguinte, 3 de junho de 2016, o veículo em que estavam foi encontrado incendiado no Ramal do Pica Pau, na Estrada do Amapá, em Rio Branco. Além disso, a polícia informou que a casa do aposentado foi invadida e dois televisores roubados.
Ao G1, o delegado Pedro Paulo Buzolin, disse que houve a quebra do sigilo bancário de Praxedes e Rairleny, mas não foram encontradas movimentações bancárias e nem telefônica feita por nenhum deles.
“Investigamos várias pistas e denúncias feitas por algumas pessoas, mas nenhuma levou a nada. Infelizmente não conseguimos identificar o paradeiro deles e nem de pessoas envolvidas O caso segue, mas aguardamos alguma informação que possa levar a algum resultado positivo”, explica o delegado.
A irmã da estudante, Rairla Ganum, diz que a família permanece acreditando que os dois estão vivos e que Praxedes mantém Rairleny em cativeiro. Segundo ela, os filhos da adolescente sofrem com a ausência da mãe e perguntam todos os dias por ela.
“Todos estamos sofrendo. Para nós os dois estão vivos e ela foi sequestrada. Os filhos perguntam por ela e sofrem muito. Não sabemos mais o que dizer a eles, mas não perdemos a esperança de encontrar ela viva”, afirma Rairla.
Entenda o caso
O casal está desaparecido há quase dois anos. De acordo com os familiares da jovem, ela estava em casa quando Praxedes foi buscá-la com a promessa de que teria encontrado um emprego para ela, depois disso não foram mais vistos.
Apesar de a polícia não descartar o sequestro como uma das linhas de investigação, a irmã do idoso Conceição Praxedes alegou, em entrevista ao G1, no dia 2 de agosto de 2016, não acreditar nessa hipótese. A reportagem não conseguiu contato com Conceição para comentar o caso novamente.
Para cobrar respostas das autoridades, um grupo de familiares e amigos da estudante chego a realizar um protesto, no dia 6 de junho de 2016, e fechou a Rua do Divisor, no Bairro Vitória, em Rio Branco, por pelo menos uma hora.