Polícia vai investigar se houve negligência da família. Luzivania de Brito foi encontrada morta na segunda (26), na Estrada do Mutum.
A adolescente Luzivania de Brito, de 12 anos, achada morta em uma rodovia de Rio Branco, morava na casa de uma amiga e era garota de programa, segundo informou ao G1parentes dela que estiveram no Instituto Médico Legal (IML) nesta terça-feira (27). A menor foi encontrada na manhã de segunda-feira (26) por uma moradora da Estrada do Mutum, Rodovia AC-10.
A moradora sentiu um mau cheiro e acionou a polícia. O padrasto da adolescente foi até o IML, ainda na segunda, fazer o reconhecimento do corpo.
A polícia chegou a falar na segunda que a suspeita era de que a jovem tivesse sido morta a tiros, mas a perícia constatou que usaram uma arma branca para matar Luzivania.
“A mãe dela está presa e deixou ela em Xapuri. Estava morando com o padrasto dela, mas quando a mãe foi presa ela deixou o padrasto e foi morar com essa mulher. Não conheço essa mulher, não sei como era. Passava no Horto e ela estava fazendo ponto”, confirmou um parente que não quis se identificar.
Ainda segundo a família, Luzivania veio de Xapuri, interior do Acre, há três meses. Há um mês foi apreendida por furto e liberada no dia seguinte.
“Na delegacia falaram que ela fazia ponto lá [Horto Florestal]. Ela nunca foi de falar. Uma vez passei lá e vi ela. Voltei e perguntei o que ela estava fazendo. Disse que estava esperando o ônibus. Foi a última vez que a vi. Nunca vi essa mulher, não é nossa parente. Não sabemos o que aconteceu. Era normal ela passar de três a quatro dias sumida”, acrescentou.
Os parentes contaram que já avisaram os demais familiares no interior.
Delegado cobrar pedir explicações da família
O delegado que investiga o caso, Rafaela Pimentel, disse que espera os laudos cadavéricos da jovem para saber se ela foi abusada sexualmente e qual o tipo de arma usada no crime. Ele disse também que vai ouvir parentes e testemunhas para descobrir a motivação e prender os responsáveis pela morte.
“Todas as linhas de investigação são apuradas. Já chegou para a equipe de investigação que ela era garota de programa”, complementou.
Pimentel disse ainda que a família precisa explicar como uma garota tão nova morava com desconhecidos e de que forma vivia.
“Quero saber se ela foi abusada, se foi execução ou se foi passional. Vou saber quando tiver os laudos. Estamos levantando os possíveis autores e testemunhas que possam ter visto algo. Os responsáveis pela garota vão ter que explicar em que local essa menina vivia. Vamos apurar se houve alguma negligência”, concluiu.