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Filha de delegado morto há 2 anos no AC cobra julgamento de suspeitos: ‘inadmissível’

Félix Alberto da Costa foi encontrado morto em março de 2016, na propriedade dele. Família alega que os suspeitos do crime estão soltos e não foram responsabilizados pela morte.


A filha do delegado Félix Alberto da Costa, assassinado com um tiro na nunca há dois anos, fez um desabafo nesta segunda-feira (19) para cobrar Justiça pela morte do pai. Michelle Papa reclamou na postagem que os suspeitos do crime ainda não foram julgados e estão em liberdade.


Ao G1, a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJ-AC) informou que o caso está na 1ª Vara do Tribunal do Júri e o julgamento vai entrar na pauta. O órgão esclareceu ainda que já houve um julgamento onde os réus foram impronunciados (quando não há provas suficientes para pronunciá-los como réus) mas, o Ministério Público recorreu da decisão e os suspeitos vão ser julgados novamente.


Costa era delegado aposentado quando foi encontrado morto na propriedade dele, que fica na zona rural de Rio Branco, em março de 2016. Dois dias depois, a polícia apresentou Antônio da Conceição e Valderlir Souza como responsáveis do crime. Os dois negaram, mas a polícia disse que eles tinham sido acusados pela vítima de furtar gado de fazendas.


A revolta de Michelle é porque o júri popular dos criminosos ainda não foi marcado. Em junho de 2017, a Justiça anunciou que acolheu o recurso do Ministério Público do Acre (MP-AC) e que os dois suspeitos iriam a júri popular.


Delegado Felix Alberto da Costa, de 64 anos, foi achado morto na Estrada Transacreana, em Rio Branco (Foto: Arquivo pessoal)

Delegado Felix Alberto da Costa, de 64 anos, foi achado morto na Estrada Transacreana, em Rio Branco (Foto: Arquivo pessoal)


“Nem marcaram ainda. Essa é minha indignação. Eles estão soltos por esse crime e pelo jeito vai ficar assim se ninguém fizer nada, se eu não falar nada. Para eles, meu pai é só mais um na estatística. Meu pai combateu o crime durante muitos anos, deu a vida dele por Justiça e hoje estão fazendo essa injustiça com ele”, desabafou Michelle.


A filha contou também que a família espera justiça e não aceita que os suspeitos fiquem soltos após o bárbaro crime. Na publicação, Michelle cobra ainda um posicionamento dos Diretos Humandos sobre a situação.


“Queremos que marque esse júri, é inadmissível, fazem dois anos. Tem um que está responsabilizado por outro crime, mas por esse está solto. É revoltante. Tiveram a sentença de liberdade, mas meu pai teve a sentença eterna da morte. Não é justo”, finalizou.


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