Família diz que jovem morreu no HC por ter sido injetado alimentação na veia; Hospital nega negligência


A denúncia feita pelo deputado estadual Jesus Sérgio sobre o atendimento dados ao jovem Emerson Silva, que morreu após uma espera de quatro meses por atendimento no Hospital das Clínicas, não foi bem recebida pela enfermeira Juliana Quintero, superintendente da unidade hospitalar, que desmentiu o deputado.


Após reportagem do ac24horas, Quintero mandou publicar nota de esclarecimento afirmando que Jesus Sérgio não falou a verdade, tendo o atendimento de Emerson cumprido todos os critérios necessários. O jovem, internado desde janeiro, apenas teve o quadro piorado com o passar dos dias.


“É necessário esclarecer que as supostas declarações do parlamentar não condizem com a verdade. Durante internação (…) paciente estava sendo submetido a avaliações diárias (…) como tentativa de melhora do quadro nutricional, pois era um paciente muito debilitado chegando a pesar 35kg”, explica a gestora.


Jesus Sérgio relatou que um dos médicos que avaliariam Emerson só iria ao hospital numa quarta-feira, situação que o deixou revoltado. Ainda na tribuna, durante sessão da Assembleia Legislativa, o deputado perguntou: “Fica aqui minha pergunta: esse médico só trabalha uma vez por semana?”.


Denúncia que é rebatida pela enfermeira chefe do Hospital das Clínicas. “Portanto, fica-se comprovado que todos os procedimentos necessários foram adotados, realizados por uma equipe multidisciplinar, que se empenhou para garantir a vida do paciente (…) a infeliz declaração de que o mesmo esperou 4 meses por uma avaliação médica é completamente desprovida de verdade”, finaliza a nota.


 DENÚNCIA AINDA MAIS GRAVE

O problema parece ser ainda mais grave: a irmã de Emerson, Alana Silva, procurou o ac24horas para denunciar que o irmão teria sido vítima de um procedimento errado. Segundo conta, ao invés de conectar a alimentação de Emerson no acesso posto para isso, uma enfermeira do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), teria injetado a alimentação na veia do rapaz.


“Na hora de colocar a alimentação dele, porque o meu irmão não conseguia comer e eles não sabiam explicar o motivo, ela colocou a comida no acesso errado, colocou a comida no acesso da medicação. Minutos depois, o Emerson foi beber agua e passou muito mal, teve uma convulsão, foi quando levaram ele para a semi-intensiva”, relata.


Alana também rebate as alegações de Quintelo, e diz que no momento em que Emerson começou a passar mal [na segunda-feira], já na semi-intensiva do Hospital das Clínicas, não havia médico de prontidão para socorrer o rapaz. Horas depois, ele morreu. “Deixaram ele a noite todinha passando mal. A médica só apareceu na terça-feira de manhã”, conta emocionada.


Segundo a irmã, sem aparelho para realizar um exame Emerson sofreu ainda mais, perdendo peso por não conseguir comer. “Ainda na terça-feira, a minha mãe saiu e lá umas 17 horas, e por volta das 19 horas só ligaram para a gente ir lá, que ele havia morrido. Se tivessem tratado meu irmão, ele estaria bem hoje”, completa.


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