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Em Cruzeiro do Sul, aluno deficiente visual quer contratação de mediador para ajudá-lo em sala de aula

Bruno Mesquita Feliciano, de 17 anos, tem deficiência visual e é aluno do 3º ano do Ensino Médio na Escola Dom Henrique Ruth em Cruzeiro do Sul.


O jovem Bruno Mesquita Feliciano, de 17 anos, tem deficiência visual e é aluno do 3º ano do Ensino Médio na Escola Dom Henrique Ruth, em Cruzeiro do Sul. Para conseguir acompanhar as aulas, ele precisa da ajuda de um mediador na sala de aula.


Bruno conta que está há quase 20 dias dependendo da boa vontade de uma amiga que tem lhe ajudado nas atividades dentro da sala de aula.


“Sou deficiente visual, preciso de um mediador para me auxiliar, mas até o momento não veio ninguém. Tenho uma amiga que está me ajudando a fazer os trabalhos, mas não posso depender sempre dela”.


O coordenador Regional de Educação do município, Charles André, disse que o mediador está sendo providenciado. O gestor falou que o órgão pretende contratar o profissional para o estudante até a próxima segunda-feira (2).


“O mediador que o acompanhava foi convocado para professor de educação especial e estamos na batalha para encontrar um profissional que possa acompanhar ele. Não é qualquer atendente que pode ser mediador dele. Ele faz leitura de braile e precisamos de uma pessoa capacitada que tenha habilidade para tratar com ele”, afirmou.


Revoltado com a situação, Vladimir Dantas Feliciano, pai do adolescente, sugeriu que o filho buscasse apoio para ter acesso a ajuda que precisa.


Feliciano disse que sugeriu que o filho buscasse ajuda nas redes sociais. “Pedi que meu filho escrevesse alguma mensagem para pedir ajuda. Meu filho escreve através do celular que fala as letras para ele. Na sala de aula ele precisa de ajuda e não está tento. As aulas começaram há mais de 15 dias e ele ainda não está tendo nenhuma ajuda”, afirmou.


O pai de Bruno conta que já era para o estado ter mandado alguém para ajudá-lo. Ele fala que senão receber ajuda vai acabar sendo prejudicado e perder conteúdos importantes.


“Vários alunos já estão com os seus atendentes e mediadores e eu sem ninguém. Sou um aluno como qualquer outro, também tenho sonhos e preciso de um mediador, como qualquer aluno deficiente”, pediu.


O diretor da escola falou que a contratação do mediador não depende da direção da escola.


“O Bruno é nosso aluno desde o primeiro ano e sempre teve mediador. Apesar da deficiência visual, é um aluno muito inteligente e não pode ficar sem o acompanhamento do mediador. Nossa parte já fizemos, as aulas iniciaram dia 12 e até agora o aluno está sem mediador”, reafirmou.


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