Amildo Oliveira caiu de ponte com bicicleta elétrica, perdeu compras, quase se afogou e teve prejuízo de R$ 6 mil. Deracre diz que vai enviar uma equipe de manutenção no local na segunda-feira (5).
O agricultor Amildo Souza de Oliveira reclama da falta de segurança na 1ª ponte que dá acesso à comunidade da Estrada do Mutum, na zona rural de Rio Branco. O morador relata que as tábuas estão soltas e podres e lembra que, no último dia 26 de fevereiro, caiu dentro do igarapé ao passar no local em uma bicicleta elétrica após fazer compras.
Ao G1, o Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre) informou que vai enviar uma equipe de manutenção no local na segunda-feira (5).
“Marcamos que amanhã cedo meu técnico vai lá para ver o que a gente consegue fazer. Precisamos falar com algum morador, para que a comunidade esteja inserida nisso também”, Nasilda Maria de Araújo, diretora de operações do Deracre.
O morador relata que o igarapé estava cheio no momento do acidente e quase se afogou. O prejuízo, segundo ele, foi de R$ 6 mil.
“Quando eu fui passando com a bicicleta elétrica o pneu bateu em uma encosta da ponte e eu caí dentro do igarapé, quase me afoguei, perdi as compras que eu tinha feito. Foi um momento muito difícil ali, mas eu pedi a Deus e ele me ajudou. Mas, eu sigo com um prejuízo grande”, lembra.
Sem segurança
A ponte, de acordo com o morador, não oferece nenhuma segurança e a maior preocupação é com a passagem das crianças no local devido ao início do ano letivo na segunda-feira (5).
O morador alega que, por causa das condições da ponte e também da estrada, que está cheia de buracos, o ônibus escolar não deve buscar os alunos até a segunda semana de aulas. Além disso, não há fiscalização e nem sinalização no local para evitar novos acidentes.
“Somos uma comunidade grande, com muitos agricultores. Mas, até o ônibus que vai levar as crianças para a escola foi adiado e não sabemos como vamos resolver essa situação. A ponte está com as tábuas soltas e podres, inclusive na parte que passam os pneus dos carros. Esse é o único acesso [para a comunidade]”, afirma.
Após o acidente, o agricultor ficou sem transporte. Ele conta que tem uma filha que faz curso de técnico em enfermagem na zona urbana da capital, mas sem a bicicleta elétrica não vai ter como ir deixar e buscar a filha na faculdade.
“Depois do acidente na ponte eu perdi o único transporte que eu tinha para trabalhar e ajudar ela. Estou nessa situação, assim como outras pessoas. Além disso, se não tiver ônibus o meu filho vai faltar uma semana de aula e esperar pra ver se o transporte volta”, finaliza.