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Carcereiro acusado de fornecer armas para presos em rebelião no Acre vai a júri popular

Júri está marcado para o dia 22 de março, às 8h, na 2 Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco. Rebelião ocorreu em outubro de 2016 e deixou quatro presos mortos e 20 feridos.


O agente penitenciário Leandro Ferreira Gomes, preso sob suspeita de fornecer armas para presos atuarem em uma rebelião no Complexo Penitenciário Francisco D’Oliveira Conde, em outubro de 2016, vai a júri popular em Rio Branco. A informação foi confirmada, nesta terça-feira (6), pela defesa de Gomes, advogado Wellington Silva.


A rebelião, nos pavilhões J, K e L, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública do Acre na época, estava relacionada a uma briga de facções criminosas e deixou quatro mortos e 20 feridos.


Inicialmente, a Segurança informou que dois carcereiros haviam sido presos sob suspeita de fornecer armas para presos, mas somente Gomes seguiu detido desde o dia 20 de outubro de 2016.


O advogado do carcereiro disse que ele vai a júri popular pelo crime de tentativa de homicídio contra três presos. Segundo Silva, o julgamento está marcado para o dia 22 de março às 8h na 2 Vara do Tribunal do Júri, na Cidade da Justiça, em Rio Branco.


“O crime que ele vai ser julgado é tentativa de homicídio por três vezes. Na rebelião houve quatro óbitos e três pessoas sofreram tentativa de homicídio. Em relação às mortes, não foram identificados os autores, somente os da tentativa. Meu cliente está sendo acusado, porque teria facilitado a entrada de armas para que a rebelião acontecesse. Os presos relataram que diversos agentes teriam participado, mas somente o Leandro foi investigado e preso”, informou o advogado.


A defesa do carcereiro se diz confiante com o júri popular. De acordo com o Silva, não existem provas contra o agente, que é réu primário. Gomes trabalha, segundo o advogado, como agente desde 2008 e antes disso era policial temporário dentro da unidade penitenciária.


“Ao longo do processo não ficou comprovado que ele participava de organização criminosa e ele está sendo processado por quem, em regra, teria entregue arma para que ocorressem as tentativas de homicídio. Ele não tem nenhuma condenação e tem estrutura familiar consolidada, mas infelizmente caiu nessa cilada e está respondendo a esse processo”, concluiu Silva.


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