Advogado diz que Mariane Souza é empresária e não tem ligação com o Comando


O advogado Romano Gouveia afirmou no final da tarde desta quarta-feira (14) que sua cliente, Mariane de Souza Coelho não tem ligação com o tráfico de drogas e muito menos com o suposto chefe do Comando Vermelho, o Paulinho Calafate, como afirmaram agentes do Batalhão de Operações Especiais – BOPE após prisão em flagrante na manhã de ontem (13), no bairro Nova Esperança.


“Já entramos com habeas corpus onde solicitamos a liberdade de nossa cliente. Ela é empresária e tem filhos, um deles, cursando medicina, jamais poderia ter sido confundida como traficante”, diz Romano.


A defesa alega que as 248 trouxinhas de cocaína, 330g de oxidado encontrados pelos militares, estavam em uma residência em um beco, ao lado da casa da empresária.


“Os R$ 960,00 em dinheiro estavam em sua residência, qual empresário não tem uma quantia dessas em casa?”, questionou o advogado.


Ainda segundo a defesa, em nenhum momento o policial militar revela em testemunho na Delegacia de Flagrantes, que Mariane seja esposa do Paulinho Calafate. Nos documentos anexados pela defesa no pedido de relaxamento de prisão, estão o contrato social da empresa e uma conta de energia.


“Estão mais uma vez jogando para mídia, essa senhora nada tem a ver com o Paulinho Calafate, não estava sendo investigada por tráfico de drogas. Os militares entraram sem mandado em sua residência”, assegurou o advogado.


A reportagem teve acesso ao depoimento dos agentes militares que chegaram até o local através de uma denúncia anônima. Eles afirmam que Mariane tentou se evadir do local e que os entorpecentes foram encontrados dentro de uma sacola plástica.


“Dentro dessa sacola continha uma bolsa tipo estojo e no interior desse estojo 240 trouxinhas de uma substância esbranquiçada aparentando ser cocaína”, afirma um dos militares.


De fato, nenhum dos agentes que testemunharam o caso, afirmam que Mariane seja esposa do chefão do Comando Vermelho no Acre. O caso está sendo investigado pelo delegado de Polícia Civil Roberto Lucena.


“Entramos com habeas corpus e vamos entrar com processo contra o estado do Acre”, concluiu Romano.


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