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Acusados de matar mulher a tiros em bairro de Rio Branco vão a júri popular

Crime ocorreu em março do ano passado, no bairro Ayrton Sena. Dupla vai ser julgada por feminicídio.

A Justiça do Acre determinou que dois homens acusados de matar a jovem Luana Santos da Costa, de 19 anos, em março do ano passado, sejam julgados por júri popular pelo crime de feminicídio.


O crime ocorreu na Rua do Barro, no bairro Ayrton Sena, em Rio Branco. Na época, o delegado que investigou o caso, Fabrizzio Sobreira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que a jovem estava envolvida com o tráfico de drogas. Ela foi morta a tiros.


A sentença de pronúncia foi expedida pela 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco. A decisão foi publicada no Diário da Justiça.


Ao analisar as qualificadoras apresentadas no processo – motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio – o magistrado admitiu e remeteu para apreciação do Conselho de Sentença.


Os acusados, segundo informações da Justiça, estão identificados como Erbson da Costa Araújo e Antônio Jailson Ribeiro dos Santos. Segundo a denúncia do Ministério Público, Araújo seria o mandante e a pessoa que arquitetou o crime e Santos o executor.


O advogado Silvano Santiago, da defesa de Araújo, disse que na audiência de instrução o seu cliente negou participação no crime. Segundo ele, a defesa não vai recorrer do pronunciamento ao júri popular.


Santiago contou ainda que na época da audiência, o outro acusado, Santos, teria confessado o crime e dito que Araújo não tinha participação. O G1 não conseguiu contato com o advogado de Santos.


“Decidimos que não vamos recorrer da decisão depois de uma conversa com nosso cliente. Vamos enfrentar logo o julgamento, porque entendemos que as provas não são tão substanciais quanto a acusação entende que é contra ele. Há provas sim, quanto ao réu confesso. Na audiência de instrução, ele mencionou com quem fez esse crime e isentou o Erbson de qualquer participação”, disse Santiago.


Conforme a Justiça, o crime teria sido causado por um acerto de contas após a jovem ter sido infiel.


“Consoante a denúncia, os fatos ocorridos se deram pela torpeza, eis que suas condutas delitivas tomaram como base o acerto de contas por uma suposta infidelidade cometida pela vítima”, declarou o juiz Leando Leri Gross.


O advogado de Santos disse que, na denúncia, o MP-AC apontou que ele teria mandado matar Luana após ela ter traído ele com outro homem. Santos, que é presidiário, teria uma relação com a vítima quando ela ia visitá-lo na unidade prisional.


“Conforme foi dito pelo promotor nos autos, em um áudio, o Erbson em conversa com a Luana, alega que já tinha conhecimento da traição dela com o Raimundo. A promotoria mencionou que no dia que Luana foi morta, Raimundo Nonato também foi executado dentro da cela do presídio”, detalhou Santiago que voltou a afirmar que seu cliente se declarou inocente.


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