Operação Hades, da PF, prendeu suspeitos que faziam parte de uma rede de compartilhamento para ensinar uns aos outros como abusar sexualmente de crianças sem serem descobertos pela polícia.
Três pessoas foram presas suspeitas de estupro de vulnerável, produção e compartilhamento de pornografia infantil em Rio Branco. As prisões ocorreram por meio da Operação Hades, da Polícia Federal com apoio da Civil. Os presos vão responder pelos crimes previstos nos artigos 217-A do Código Penal (Estupro de vulnerável) e 240, 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do adolescente.
A PF informou que os suspeitos faziam parte de uma rede de compartilhamento para ensinar uns aos outros como abusar sexualmente de crianças sem serem descobertos pela polícia.
Entre os presos, de acordo com a PF, está um homem que abusava da sobrinha, que tem apenas cinco anos. As investigações apontam que ele postava fotos da menina para os contatos da rede e ainda ensinava como os demais abusadores deveriam agir para manter relações sexuais com crianças.
O homem foi preso em flagrante pela posse do material de pornografia infantil e a prisão preventiva dele já foi solicitada. Há indícios de que ele tenha abusado de outras crianças.
As investigações foram feitas a partir de softwares que obtidos com cooperação policial internacional, segundo com a PF. A polícia encontrou ainda vários indivíduos que abusavam sexualmente de crianças, registravam esses abusos e compartilhavam o material de pornografia infantil pela Internet.
Na ação, além de policiais, profissionais especializados como médicos e psicólogos especialistas deram suporte. As Polícias Federal e Civil vão continuar investigando durante todo esse ano. A PF informou ainda está em andamento uma proposta de convênio entre as duas instituições para melhorar as ações nas áreas de prevenção e repressão aos crimes de pornografia infantil e proteção dos direitos das crianças e adolescentes.
O material apreendido no cumprimento dos mandados de busca vai ser submetido a exame pericial. Estão sendo coletadas amostras de DNA dos suspeitos para identificar a autoria de outros estupros de crianças mediante a comparação com vestígios contidos no banco nacional de DNA.
Operação
O nome da operação se deu em menção ao deus grego Hades conhecido como rei dos mortos e que, segundo a mitologia grega, apaixonou-se pela sua sobrinha raptando-a e casando-se com ela ainda antes de sua puberdade. O nome faz menção a um dos alvos da operação, um homem de 28 anos que abusava de diversas crianças, tendo como sua principal vítima a sua sobrinha de 05 anos de idade.