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Socorrista do Samu captura jararaca de quase 2 metros em perímetro urbano em Cruzeiro do Sul

Animal foi cedido para estudos. Serpente estava em bairro populoso e oferecia risco aos pedestres.


Se engana quem acha que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não trabalha com prevenção. Prova disso foi o resgate inusitado que o socorrista Elvisson Jair Marques fez no bairro Formoso em Cruzeiro do Sul.


Ao passar pelo local, ele percebeu a presença de uma jararaca de 1,50 metro rente à calçada por onde passava vários pedestres. Para evitar um acidente mais grave, Marques conseguiu capturar o animal.


“No local tem muitas igrejas, escolas e ela estava bem perto da calçada onde passavam os pedestres. Estava muito escuro e possivelmente ela faria uma vítima. Como socorristas, temos a obrigação de trabalhar com prevenção. Se a gente observar um perigo, um risco de acidente e não trabalhar a prevenção a gente acaba sendo cúmplice”, explica.


Outro alerta que o socorrista faz é que a captura foi feita de forma responsável, já que tem habilidade em manusear animais como a jararaca.


“Já fui sargento do Exército e trabalhei com instruções de peçonha. Então, eu tinha habilidade para fazer a captura do animal sem maltratá-lo e também evitando um acidente que, com certeza, iria ocorrer”, explica.


Após o resgate, Marques não pensou duas vezes e entregou o animal para o doutor em zoologia Paulo Sérgio Bernarde, que encabeça uma pesquisa sobre acidentes ofídicos.


A serpente deve ser avaliada e vai ajudar os pesquisadores a montarem um perfil do animal.


“Fiquei com ela para estudo científico. Estamos fazendo um projeto com duas espécies peçonhentas, estamos estudando desde a reprodução à dieta. A gente quer entender como conseguem conviver na cidade”, explica.


Segundo o estudioso, a cobra se alimenta de ratos, rãs, passarinhos e calango. Ele destacou ainda que a jararaca é uma dos animais que mais causam acidentes no Acre.


A serpente deve ser avaliada e vai ajudar os pesquisadores a montarem um perfil do animal (Foto: Elvisson Jair/Arquivo pessoal )

A serpente deve ser avaliada e vai ajudar os pesquisadores a montarem um perfil do animal (Foto: Elvisson Jair/Arquivo pessoal )


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