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“Quem chefia as facções não mora em um Mocinha Magalhães”, diz Emylson ao cobrar apoio nacional

Emylson pontuou a importância de fortalecer a segurança nas fronteiras onde estado tem acesso ao Peru e Bolívia


O secretário de Segurança Emylson Farias concedeu uma entrevista ao programa Gazeta Alerta na manhã desta segunda-feira (5) e voltou a criticar a falta de recursos que deveriam ser destinados pelo Governo Federal à Segurança Pública no Acre.


Emylson citou os números de homicídios no Estado e afirmou que, sem um apoio direto da União para fortalecer o combate ao narcotráfico em todo Brasil, o esforço isolado de todos os estados será em vão.


“O número de mortes por bebedeira, briga ou desentendimento doméstico se encontram no mesmo patamar. A alteração pode ser percebida quando analisando as execuções entre faccionados. A polícia faz a parte dela, mas no mundo do crime, hoje você prende um amanhã já nascem mais outros, é muito complicado. Você acha mesmo que os bandidos que a gente prende aqui no Mocinha Magalhães, Sobral, Calafate, são chefes de uma facção criminosa? Os verdadeiros chefes são os que ganham milhões, bilhões e até trilhões com o narcotráfico no Brasil, é preciso um esforço como todo e que a União não se ausente de enviar recursos para que todo os Estados possam viabilizar o combate ao crime de maneira eficaz”, disse.


Ao citar as medidas adotadas pelo sistema prisional acreano, como os bloqueadores de celulares, RDD e maior rigidez na revista de visitantes, Emylson criticou a falta de empenho dos outros Estados em evitar a comunicação de presidiários com pessoas do lado de fora da cadeia.


“Nós instalamos os bloqueadores de celular, ou seja, os nossos presos não ligam nem mandam mensagem pra ninguém. Mas e quanto aos Estados que ainda não instalaram? Qualquer um já recebeu mensagens com tentativas de estelionato de números desconhecidos de outros Estados. Do que adianta todo nosso esforço aqui, se o Nem (Líder da facção Comando Vermelho), que está preso aqui em Rondônia, consegue ordenar execuções em todo Brasil. Digo e repito, é preciso um esforço como um todo”, ressaltou.


Em busca de uma solução para sanar os problemas gerados à sociedade acreana graças a guerra entre facções criminosas que se instalou no Acre, Emylson pontuou a importância de fortalecer a segurança nas fronteiras onde Estado tem acesso a países como Peru e Bolívia.


“Agora vão viabilizar um campo de força no Rio de Janeira com ajuda do Exército para conter e combater o crime organizado. Mas e as fronteiras? A União precisa entender que reforçar as políticas de policiamento das fronteiras é o maior golpe que o narcotráfico pode sofrer. Estamos ao lado de países como Bolívia e Peru, que são os maiores produtores de cocaína do mundo. A cocaína peruana, inclusive, é vista como a mais pura no mercado do crime. É preciso exterminar a facilidade dos criminosos de adentrarem nosso país com tais produtos”, finalizou.


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