Preso há 5 meses em operação da PF, ex-prefeito do Acre recebe alvará de soltura

Ex-prefeito de Plácido de Castro Roney Firmino deve sair até o final desta terça. Ele foi preso em setembro do ano passado suspeito de fraudar licitações.


Após cinco meses preso, o ex-prefeito da cidade de Plácido de Castro Roney Firmino deve deixar o presídio até o final desta terça-feira (27). Firmino foi preso em setembro do ano passado durante a 4ª Operação Labor, da Polícia Federal do Acre, que investigava fraudes em licitações.


Além de Firmino, o ex-prefeito de Brasileia Everaldo Gomes também foi preso na ação. Na época, a polícia cumpriu cerca de 37 mandados judiciais em Brasileia e Rio Branco. Vereadores, ex-vereadores e ex-secretários municipais também tiveram as prisões preventivas decretadas.


Em dezembro do ano passado, a defesa do ex-gestor entrou com um pedido de habes corpus, que foi negado pela Justiça acreana.


Ao G1, o advogado de Firmino, Jeison Farias, explicou que o pedido de soltura foi atendido pelo Judiciário após a defesa entrar com um habes corpus. Ele contou que o ex-prefeito já foi comunicado da decisão e espera sair a qualquer momento.


“Foi um habeas corpus julgado em decisão unânime. Pagamos fiança também, mas preferimos não divulgar o valor. Provavelmente sai hoje”, explicou.


O advogado Christopher Mariano, que defende o ex-prefeito Everaldo Gomes, confirmou que entrou com um pedido com o mesmo efeito da decisão dada a Firmino. Além disso, Mariano pediu que o valor da fiança arbitrada para Gomes, de R$ 20 mil, seja reduzido.


“O Everaldo além de preso está desempregado e não têm condições de pagar o valor arbitrado para eles”, afirmou.


Prisão

Segundo a Polícia Federal, a 4ª fase da Operação Labor, batizada de Dolos-Apate, investigava uma organização criminosa formada por empresários e agentes políticos suspeitos de fraudar licitações. A investigação da polícia começou em 2015 após uma denúncia. O grupo é acusado de contratar empresa de fornecimento de mão de obra terceirizada à Prefeitura Municipal de Brasiléia.


A investigação apontou que após a escolha da empresa ligada à organização criminosa, os agentes políticos eram responsáveis por fazer empenhos acima do necessário para efetivar os pagamentos dos serviços.


A diferença entre o valor empenhado e o real valor devido pelos serviços prestados eram sacados por representantes da empresa e entregues, em espécie, a membros da prefeitura do município, que eram responsáveis pela distribuição dos valores entre integrantes do próprio Executivo, do Poder Legislativo e de “laranjas” indicados por membros da organização. O valor desviado no esquema é superior a um R$ 1 milhão, conforme a PF.


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