Apenas 200, dos 1,5 mil pedidos, foram liberados e muitos precisam fazer a atualização cadastral para terem benefício liberado.
Pescadores que solicitaram o Seguro Defeso e um representante do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) participaram de uma reunião, na manhã de sexta-feira (16), para tratar da atualização cadastral da categoria.
O encontro ocorreu na sede da Colônia de Pescadores de Cruzeiro do Sul e teve como foco definir o ritmo de atualizações que precisam ser feitas junto ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).
Elenildo Nascimento, presidente da Colônia Pescadores, disse que apenas 200, dos 1,5 mil pedidos foram liberados e muitos precisam fazer a atualização cadastral para terem o benefício liberado.
Nascimento falou ainda que se não fossem os problemas cadastrais, muitos já teriam recebido o dinheiro. Ele informou ainda que a colônia não tem como saber quantos pescadores estão com problemas pois, diariamente, o INSS libera os cadastros e informa os que estão com problemas.
“Essa falta de pessoal no INSS é um velho problema que, infelizmente, não está dando conta de atender os pescadores. Essa reunião é para tirar um encaminhamento para amenizar o sofrimento dos pescadores. Cerca de 30% deles estão com problemas cadastrais”, falou.
Fernando Júnior, gerente do INSS, explicou que alguns segurados estão com problemas no CNIS. O representante acrescentou que o órgão não sabe quantos pescadores estão com problemas, mas a intenção do órgão é fazer a atualização nos próximos 30 dias.
“O INSS está fazendo a atualização desses cadastros. Devido à nossa demanda, viemos nos reunir para definir um número de pescadores por dia para ir a agência, pois temos outras demandas. Somente os pescadores que foram indicados pela colônia devem procurar o órgão”, afirmou.
O pescador Francisco Lourenço Pereira, de 64 anos, participou da reunião em busca de informação. Ele afirmou que deu entrada no benefício há três meses e o benefício ainda não foi liberado.
“Vivo doente e tenho uma receita para comprar que ainda não comprei por não ter dinheiro. Vivo da pesca desde que abandonei a seringa. Não sei por qual motivo meu dinheiro ainda não saiu. Estou aqui para saber alguma informação”, falou Pereira.
Sebastião Gomes de Oliveira, de 59 anos, já regularizou sua situação e agora espera pelo pagamento.
“Já fui ao INSS e arrumei meu cadastro. Agora vou esperar o dinheiro sair. Vivo da pesca e, sem o dinheiro do defeso, estou tendo dificuldade. Quem tem me ajudado a me manter são meus filhos, que têm emprego”, acrescentou.
O Seguro Defeso é pago em cinco parcelas a partir de 15 de novembro a pescadores durante o período de defeso, que vai de novembro a março. Na reunião, ficou decidido que diariamente o INSS vai fazer a atualização cadastral de 20 pescadores. A limitação é por conta do reduzido número de servidores lotados na agência que precisam atender beneficiários de sete cidades.