Antônio Marcos Felisberto teve morte encefálica decretada na madrugada desta sexta (9). Ele foi uma das vítimas do ataque de quarta em frente à Papudinha, em Rio Branco.
Após dois dias internado em coma no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), o jovem Antônio Marcos Teles Felisberto, de 30 anos, teve morte encefálica confirmada na madrugada desta sexta-feira (9). Felisberto foi um dos detentos baleados na saída da Unidade Prisional Provisória UP4, mais conhecida como Papudinha, na quarta (7).
Além dele, Mateus da Silva Lima, de 23 anos, também foi atingido pelos disparos, mas morreu no local do crime. Dentro da Papudinha, detentos colocaram fogo após as mortes e as chamas consumiram cerca de 60% da ala do semiaberto.
Ao G1, o policial militar da reserva e pai de Felisberto, Manoel das Graças, falou que a família tinha esperança que ele sobrevivesse.
“Teve morte confirmada hoje às 4h30 da manhã. A gente ia doar os órgãos dele, mas desistimos. Passou dois dias internado e a gente na esperança”, detalhou o pai.
A Segurança Pública chegou a anunciar que Felisberto havia morrido minutos depois de ele ser baleado. Porém, a Secretária de Saúde confirmou, na quinta (8), que o jovem ainda estava internado no Huerb e seria submetido a um procedimento de investigação de morte encefálica.
“Queremos uma resposta e Justiça. Só tiraram o pessoal de lá agor. Por que não tiraram antes de acontecer isso? Agora já mataram. Era muito difícil, mas tínhamos fé”, concluiu.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Acre (MP-AC) encaminhou ofício nesta quinta (8) ao Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen)recomendando que os presos responsáveis pelo incêndio na Unidade Prisional UP4, conhecida como Papudinha, sejam responsabilizados pelo crime.
Após a Unidade Prisional 4 ser incendiada por detentos, depois que dois presos foram mortos, o governo do Acre anunciou, nesta quinta (8), que vai construir dois novos blocos no Presídio Estadual Francisco d’Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco, para substituir a UP4. A construção deve ter capacidade para abrigar 400 reeducandos e está orçada em R$ 5 milhões.