Vara de Execuções Penais se pronunciou sobre o fechamento da Papudinha nesta segunda (5). Segurança Pública estuda colocar tornozeleira eletrônica em todos os 390 presos do semiaberto.
A Vara de Execuções Penais da Comarca de Rio Branco anunciou, nesta segunda-feira (5), que ainda não autorizou o fechamento da Unidade de Penitenciária UP4 – onde ficam os presos do semiaberto-, mais conhecida como Papudinha. A Segurança Pública do Acre informou que estuda fechar a unidade após uma onda de assassinatos, inclusive de um preso do semiaberto na manhã de sexta (2).
Além da morte de Mossiene Damasceno Lima – preso do regime semiaberto – detentos queimaram veículos em frente a Papudinha na sexta.
Por meio de nota, a Justiça do Acre informou que ainda há nenhum procedimento autorizando o fechamento da UP4. “Portanto, todos os que cumprem pena nesta condição devem fazer o recolhimento noturno normalmente na unidade em questão”.
O secretário de Segurança Pública do Acre, Emylson Farias, garantiu que todos os 390 presos instalados na unidade devem usar tornozeleiras eletrônicas. Em entrevista ao Jornal do Acre 1ª edição desta segunda, Farias afirmou que deve receber uma quantidade de tornozeleira já essa semana e, na semana seguinte, beneficiar 320 detentos com os equipamentos.
“São pessoas voltadas para o mundo criminoso, que tem lado em organização criminosa e, com essas tornozeleiras, teremos o controle diário. Vamos verificar se foi em uma farmácia, em um açougue, para onde se deslocar, vamos ter um controle por meio de um painel eletrônico, que dá para gente a movimentação. Tendo esse controle conseguimos fiscalizar mais de perto”, explicou.
Farias acrescentou ainda que a ideia é instalar, no início, apenas 320 presos. Os outros 70 detentos devem receber a tornozeleira em meados de março. O secretário afirmou também que o índice de reincidência de presos monitorados por tornozeleira é bem menor que os demais.
“São presos que passam o dia fora e vêm dormir a noite. Às vezes, nesse passar o dia fora, podem praticar diversos crimes e passar a noite como se nada tivesse acontecido. Isso acontece porque não temos o controle efetivo de quando estão nas ruas. Isso é uma tratativa e tem que ser muito bem organizada entre a Segurança, Estado, Executivo e o Poder Judiciário”, concluiu.