A investigação da policia mostrou como foi a participação dos PMs no caso. O laudo pericial revelou que a cena do crime foi alterada. A versão apresentada pela guarnição no Boletim de Ocorrência, segundo a investigação, não condiz com a realidade dos fatos.
Consta na denúncia feita pelo Ministério Público que na noite de 13 de Dezembro de 2016 por volta das 23 horas, no ramal da Garapeira, região da Vila Acre, os policiais militares Gênesis de Faria Mendonça, Francimar Pinto e Tayton Oliveira, na época do segundo batalhão, foram acionados para atender uma ocorrência de assalto. Os bandidos teriam roubado uma motocicleta em Senador Guiomard. A caminho de Rio Branco a dupla realizou um segundo assalto cuja vítima foi um estudante que estava numa parada de ônibus na rodovia AC-40. A guarnição acabou encontrado os acusados, que não obedeceram à voz de parada. A partir dai os policias atiraram.
Um dos disparos acertou a nuca de Francisco Conceição Junior, que caiu de barriga para baixo. Segunda a denúncia, os PMs, com a intenção de induzir ao erro o juiz e a perícia, teriam alterado a cena do crime, desvirando o corpo da vitima e atirando duas vezes na região do tórax. O promotor do caso diz claramente que a intenção era simular uma troca de tiros.
A investigação concluiu ainda que, na delegacia de Flagrantes, os PMs plantaram uma arma de fogo, duas munições picotadas, dois estojos deflagrados e um telefone. Os objetos, segundo a perícia, não estava na cena do crime, o que configura fraude processual.
Um ano e dois meses depois, os três policiais serão interrogados. A audiência de Instrução e Julgamento acontece na manhã desta quarta-feira na 1ª Vara do Tribunal do Júri. Além dos PMs testemunhas serão ouvidas pela a Justiça. O advogado Wellington Silva fará a defesa dos militares. Para ele, houve uma falha da perícia
A partir desta a audiência o Juiz Leandro Leri Gross vai decidir ser os réus vão responder pelos crimes no Tribunal do júri.