Luiz Carlos Alberto, de 40 anos, morreu na manhã desta terça-feira (13). Ele sofreu um acidente no domingo (11), que também vitimou o piloto, Geliton Bezerra.
Familiares de Luiz Carlos Alberto, de 40 anos, segunda vítima da queda de um trike ultraleve (tipo de asa delta com triciclo motorizado) em Rio Branco, estavam inconsoláveis durante o velório dele na noite desta terça-feira (13). O acidente ocorreu no último domingo (11) no quilômetro nove da BR-364, próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF-AC).
Alberto estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência e Emergência da capital (Huerb), mas não resistiu e morreu deuma parada cardíaca, na manhã desta terça. Ele estava em coma após ter passado por três cirurgias.
Muito abalada, Paloma Garcia, um dos filhos de Alberto, disse que o pai morreu fazendo o que mais gostava que era voar. “Voar era o sonho dele, ele estava muito ansioso para fazer essa aula, era tudo que ele queria. A última vez que vi ele foi quando ele foi me deixar no trabalho. Ele me chamou, me deixou no trabalho e a última coisa que eu falei para ele foi tchau”, lembrou.
Juracir Nogueira, primo de Alberto, falou que o primo era uma pessoa muito querida. “Quem conhece ele sabe o que eu estou falando. Era muito querido onde ele trabalhava, na empresa que ele trabalhou, na família e com os amigos. Infelizmente, o acidente foi muito grave e ele não resistiu e morreu. Uma tristeza muito grande”, lamentou.
Outra prima de Alberto, Suele Melo, falou da infância que teve com o primo. “Infância muito boa, muito feliz e esse momento está sendo de grande tristeza. Ele não estava doente, não estava sentindo nada, ele estava fazendo o que amava. Ele morreu fazendo o que amava”, afirmou.
Acidente
O acidente ocorreu por volta de 8h deste domingo (11), no quilômetro nove da BR-364, próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF-AC), em Rio Branco.
Ao G1, a Aeronáutica informou que o acidente está sendo apurado pelo Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 7), órgão subordinado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB).
Voo de treinamento
O primo de Alberto, Juraci Nogueira, relatou que ele tinha prática com paramotor. No entanto, o primo e o condutor estavam em um aparelho chamado trike ultraleve, que é um tipo de asa delta com triciclo motorizado, e faziam um voo de treinamento e reconhecimento do aparelho.
“Esse é um aparelho bem maior e com a asa grande e que não tem a segurança de um paramotor, mas como ele [Alberto] tinha comprado estava fazendo o voo de treinamento. Esse instrutor veio de Roraima para dar esse treinamento. Veio para dar essas aulas e acabou acontecendo essa tragédia”, lamentou Nogueira.
Ao G1, o major do Corpo de Bombeiros, Cláudio Falcão, informou que o motor estava ligado quando o equipamento caiu e isso indica, em uma análise preliminar, que não houve falha do motor.
No entanto, as causas do acidente devem ser investigadas pela Aeronáutica. Como o acidente ocorreu em uma área de campo nas proximidades do posto da PRF-AC, os policiais foram ao local para fazer os primeiros atendimentos.
“Esse era um voo de teste que eles estavam fazendo. Informaram no local que eles tinham trocado a vela do equipamento e ontem [sábado, 10] fizeram um voo de teste e deu certo, mas hoje aconteceu isso. O passageiro que estava na parte de trás do equipamento estava com o motor por cima dele, tivemos que ajudar na retirada, já o piloto morreu antes de ser socorrido”, informou Falcão.