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Ex-prefeito de Brasileia preso em operação da PF tem pedido de liberdade provisória negado

Aldemir Lopes foi preso em setembro do ano passado na 4ª fase da Operação Labor, que investiga fraude em licitações. Decisão foi divulgada nesta quarta-feira (21) pelo TJ-AC.


A Vara Criminal da Comarca de Brasiléia indeferiu o pedido de liberdade provisória ao ex-prefeito de Brasileia Aldemir Lopes. A decisão da Justiça foi publicada na terça-feira (20) no Diário da Justiça Eletrônico e divulgada pelo TJ-AC nesta quarta (21).


Lopes foi preso preventivamente no dia 13 de setembro do ano passado, quando foi deflagrada a 4ª fase da Operação Labor que investiga fraude em licitações.


Foram presos também o ex-vereador Marivaldo da Silva e o vereador Joelson dos Santos Pontes. Na época, o ex-vereador Mário Jorge Gomes Siesca foi conduzido coercitivamente.


Ao G1 entrou em contato com o advogado de Lopes, Kaio Marcellus, para saber mais detalhes do caso e se a defesa vai recorrer, mas ele disse que vai se pronunciar posteriormente.


Lopes chegou a enfrentar uma situação inusitada, pois recebeu um habeas corpus da Justiça, no dia 18 de setembro de 2017, mas permaneceu preso na Unidade Prisional 4 a (UP4), em Rio Branco. A prisão foi mantida, pois a liminar que concedeu a liberdade a ele é referente à primeira fase da investigação da PF.


Um outro pedido de habeas corpus foi negado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre ao ex-prefeito no dia 3 de outubro do ano passado.


Na decisão, o juiz de Direito Clóvis Lodi, titular da unidade judiciária, alegou que continuam presentes os requisitos para a continuidade da prisão preventiva do ex-prefeito. O magistrado apontou ainda que se trata de um processo complexo com mais de cinco mil páginas, 16 réus e aproximadamente 50 testemunhas.


O documento diz que o ex-prefeito de Brasileia foi preso pela prática do crime de fraude em licitação, peculato, corrupção passiva, organização criminosa, consistente em causar dano aos cofres públicos e satisfazer interesses particulares com a obtenção de lucro fácil.


A Justiça afirmou ainda que existe no relatório policial informações de que o político teria alterado e assumido o controle das ações de improbidade. Além disso, ele teria procedido com a alteração do esquema de corrupção, cancelando o “mensalinho” e instituindo o que se chamou de “folhinha”.


Entenda

Ex-prefeitos dos municípios de Brasiléia e Plácido de Castro foram presos preventivamente na no dia 13 de setembro do ano passado durante a 4ª fase da Operação Labor, batizada de Dolos-Apate, deflagrada pela Polícia Federal do Acre.


Ao todo, foram cumpridos 37 mandados judiciais em Brasiléia e Rio Branco. Outros 7 mandados de prisão, 14 de busca e apreensão e 16 de condução coercitiva também foram realizados durante a mobilização da PF.


Além dos direcionados aos ex-prefeitos, mandados de prisão preventiva foram expedidos contra vereadores, ex-vereadores e ex-secretários municipais. A Operação Labor investiga uma organização criminosa formada por empresários e agentes políticos suspeitos de fraudar licitações.


A investigação da polícia começou em 2015 após uma denúncia. O grupo é acusado de contratar empresa de fornecimento de mão de obra terceirizada à Prefeitura Municipal de Brasiléia.


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