Delegado Rêmulo Diniz afirma que várias prisões de criminosos foram feitas e que trabalha em parceria com outras delegacias de investigação criminal.
Quase 480 inquéritos foram instaurados durante o ano de 2017 para investigar mortes violentas, tentativas de homicídio e também situações de prisão em flagrante, por porte de drogas ou armas, durante buscas por suspeitos em Rio Branco. A informação foi confirmada pelo delegado Rêmulo Diniz, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta sexta-feira (2).
Dados levantados pelo Observatório de Análise Criminal do Ministério Público do Acre (MP-AC) em dezembro de 2017, mostram que o número de homicídios dolosos cresceu 60% no estado no ano passado. O levantamento compara os anos de 2016 e 2017 entre os períodos de 1º de janeiro a 30 de novembro.
Em 2017 foram registrados 286 homicídios contra 457 deste ano. Os dados revelam ainda que 92% das vítimas foram homens – ou seja, mais de 420 eram do sexo masculino.
Diniz também falou sobre as quase 50 mortes violentas registradas somente durante o mês de janeiro deste ano. Segundo ele, os casos demonstram a situação de uma curva crescente na violência que ocorre no Acre e também em várias regiões do Brasil.
“Deixamos de ser uma cidade pacata há algum tempo. Esses números estão sendo repercutidos tanto pela quantidade quanto pela gravidade das ações e atrocidades nas execuções”, diz.
O delegado destaca que a DHPP obteve resultados positivos e efetuou várias prisões mas, infelizmente, os crimes continuam ligados à guerra entre facções criminosas. Diniz afirma que a Delegacia de Investigações Criminais (DIC) trabalha em conjunto com outras delegacias para combater os grupos criminosos.
“Já foram feitas várias operações prendendo especificamente membros de facções criminosas. E, a cada dia, a Delegacia Especializada em Combate a Roubos e Extorsões (Decore) ela tem o trabalho de identificar e também fazemos trabalhos direcionados para tentar tirar esses criminosos de circulação”, afirma.