Água do Igarapé Batista inundou o salão de beleza e a casa da empresária Andressa Oliveira. Defesa Civil estima que 900 famílias foram atingidas pela enxurrada após a chuva de terça (13).
ão quero parar e pensar na realidade”. A frase é da cabeleireira Andressa Oliveira que precisou sair de casa após o Igarapé Batista, em Rio Branco, transbordar e inundar a casa e o salão de beleza dela.
Andressa é uma das moradoras da Rua Sabiá, no Bairro da Paz, atingida pela enxurrada que aintigu a capital acreana na terça-feira (12).
A Defesa Civil estima que 900 famílias foram atingidas pela exurradaapós a chuva intensa que atingiu a cidade entre a noite de terça (13) e madrugada de quarta (14). Entre os bairros atingidos estão o Recanto dos Buritis, Baixada da Sobral, Bairro da Paz, São Francisco, Nova Estação e Residencial Santa Inês.
“Meus móveis eram todos novos, acho que o prejuízo é de uns R$ 30 a R$ 40 mil, porque era tudo novo. Minha cama tinha chegado na segunda [12], uma king que era meu sonho ter. Acordei com a água dentro de casa. A cama está lá dentro, tudo está lá”, lamentou a cabeleireira.
Para não ficar desabrigada com os filhos, Andressa foi para casa de uma amiga, que fica em outra rua do bairro. Ela disse também que tinha construído recentemente uma piscina no quintal de casa, mas viu a água do igarapé inundar tudo.
“Seis pessoas moram na casa, quatro são crianças. Só deu tempo pegar as crianças. Minha sorte foi que apagou a luz na hora, se não tinha morrido todo mundo eletrocutado. Desligaram as luzes ontem [quarta, 14] à tarde. Estávamos com a energia ligada com um monte de cobra e ninguém veio ajudar”, explicou.
Na casa da amiga, a cabeleireira colocou as roupas molhadas e uma cômoda desmontada que conseguiu retirar. Ainda sem conseguir processar tudo que aconteceu nas últimas 24h, Andressa diz que não sabe por onde recomeçar.
“Os vizinhos são solidários e ajudam uns aos outros, mas ninguém vem nos ajudar. Estou na casa da madrinha da minha filha, que cedeu o espaço. Não tinha para onde ir”, finalizou.