Obra deve custar R$ 5 milhões e ficar pronta no prazo de seis meses. Unidade Prisional UP4 foi incendiada na quarta (7) pelos próprios detentos.
Após a Unidade Prisional 4, conhecida como “Papudinha”, ser incendiada por detentos depois da morte de dois presos na saída do local, o Governo do Acre anunciou, nesta quinta-feira (8), que vai construir dois novos blocos no Presídio Estadual Francisco d’Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco, para substituir a UP4. A construção deve ter capacidade para abrigar 400 reeducandos e está orçada em R$ 5 milhões.
O incêndio destruiu cerca de 60% da UP4. O governo afirmou que o prazo para a construção dos novos blocos é de seis meses e que a obra faz parte do programa de ampliação de vagas que inclui reformas nas principais unidades prisionais do Acre. Com os novos alojamentos, a UP4 vai ser desativada, segundo o governo.
Ao G1, ainda na quarta (7), o diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), Aberson Carvalho, disse que 320 presos do semiaberto tiveram o regime suspenso e deveriam se apresentar na unidade de regime fechado.
Cada novo bloco deve atender ao menos 200 presos. Conforme o governo, o Presídio Francisco d’Oliveira Conde também está em processo de licitação para a ampliação de 800 vagas.
Além disso, o governo afirma que houve a ampliação de 200 vagas na Unidade Prisional do Quinari (UPQ), em Senador Guiomard. Também há previsão para a entrega de 312 vagas em Sena Madureira, 200 em Tarauacá e outras 400 em Cruzeiro do Sul.
Incêndio e mortes
Detentos que cumprem pena na Unidade Prisional UP4 – conhecida como Papudinha -, em Rio Branco, colocaram fogo no presídio após dois presos serem mortos a tiros quando saiam do local. Os atentados ocorreram na manhã de quarta (7) e podem ter sido em represália ao ataque que vitimou outro detento no último dia 2, segundo a Segurança Pública.
Nenhum dos demais que estavam na unidade ficaram feridos com o incêndio. A unidade comporta 400 presos e, atualmente, cumprem pena no regime semiaberto 320 e 74 no fechado, um total de 394 reeducandos. A direção da unidade confirmou que 60% da unidade ficou totalmente comprometida.
A juíza da Vara de Execuções Penais da Comarca de Rio Branco, Luana Campos, informou que os detentos mortos na saída da UP4 foram assassinados por outros presos que também deixavam a unidade.