Após incêndio em presídio de Rio Branco, presos do semiaberto vão para unidade de regime fechado

Ao todo, 320 presos do semiaberto estão com o regime suspenso e tiveram que se apresentar nesta quarta-feira (7) no Presídio Francisco d’ Oliveira Conde.

Após o incêndio que destruiu cerca de 60% da Unidade Prisional UP4 – conhecida como Papudinha, nesta quarta-feira (7), os presos do regime semiaberto tiveram que se apresentar no Presídio Francisco d’ Oliveira Conde, em Rio Branco.


A informação foi confirmada pelo diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), Aberson Carvalho. Segundo ele, os 320 presos do semiaberto estão com o regime suspenso e devem se apresentar na unidade de regime fechado.


Além do incêndio, dois detentos que saíam da unidade na manhã desta quarta foram mortos a tiros. O incêndio, segundo o Iapen, foi causado pelos próprios presos após as mortes.


“Todos eles precisam se apresentar na FOC nesta quarta-feira. O pessoal está na Papudinha está orientando os presos para irem para a FOC. Eles estão com o regime suspenso até uma outra determinação da juíza Luana Campos. Caso esses 320 presos não compareçam a FOC hoje [quarta,7] eles vão automaticamente para o regime fechado, porque vão ser considerados foragidos”, afirmou Carvalho.


Presos do semiaberto tiveram que se apresentar na Unidade de Regime Fechado Francisco d' Oliveira Conde nesta quarta (7) (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)

Presos do semiaberto tiveram que se apresentar na Unidade de Regime Fechado Francisco d’ Oliveira Conde nesta quarta (7) (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)


Outros 74 presos que estão no regime fechado custodiados na Papudinha vão permanecer na unidade, segundo o diretor do Iapen, já que o incêndio não atingiu a área onde eles ficam. Ao todo, a unidade atendia 394 reeducandos.


“Os 74 presos do regime fechado continuam na Papudinha, porque a parte onde eles ficam não foi atingida pelo incêndio”, concluiu.


Na fila para entrar no presídio Francisco d’ Oliveira Conde, os presos cobraram as tornozeleiras eletrônicas da juíza da Vara de Execuções Penais, Luana Campos.


“O que a gente quer é só isso mesmo, só a pulseira mesmo. Chegando para a pulseira é melhor para cada um de nós”, diz um deles. “Melhor pra nós a nossa pulseira, doutora. Por favor, pelo amor de Deus”, completa o outro.


Detentos colocaram fogo na unidade na manhã desta quarta-feira (7)  (Foto: Arquivo Pessoal)

Detentos colocaram fogo na unidade na manhã desta quarta-feira (7) (Foto: Arquivo Pessoal)


Incêndio e mortes

Detentos que cumprem pena na Unidade Prisional UP4 – conhecida como Papudinha -, em Rio Branco, colocaram fogo no presídio após dois detentos serem mortos a tiros quando saiam do local. Os atentados ocorreram na manhã desta quarta-feira (7) e podem ter sido em represália ao ataque que vitimou outro detento no último dia 2, segundo a Segurança Pública.


Os presos que morreram, segundo a polícia, foram, Mateus da Silva Lima, de 21 anos, e Antônio Marcos Teles Felisberto, de 30 anos.


Nenhum dos demais que estavam na unidade ficaram feridos com o incêndio. A unidade comporta 400 presos e, atualmente, cumprem pena no regime semiaberto 320 presos e 74 no fechado, um total de 394 reeducandos. A direção da unidade confirmou que 60% da unidade ficou totalmente comprometida.


A juíza da Vara de Execuções Penais da Comarca de Rio Branco, Luana Campos, informou que os detentos mortos na saída da Unidade Prisional 4 foram assassinados por outros presos que também deixavam a unidade.


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