Ao final, Sávio Júnior foi condenado a 12 anos e 10 meses de prisão. A mesma pena foi aplicada para Sávio André.
Ao longo da manhã, testemunhas prestaram depoimentos, esclarecendo ainda mais os fatos para o corpo de jurados.
Após os debates entre Ministério Público e a defesa dos réus, o corpo de jurados realizou a votação dos quesitos para a definição da pena. Ao final, Sávio Júnior foi condenado a 12 anos e 10 meses de prisão. A mesma pena foi aplicada para Sávio André. Inicialmente, eles cumprirão as condenações em regime fechado, sendo negado o direito de recorrer em liberdade.
O promotor de justiça da Vara Criminal de Sena Madureira, Júlio César de Medeiros, teve mais uma atuação destacada no julgamento e falou sobre o desfecho do caso. “Neste caso, o Ministério Público fez questão de destacar que a vítima não poderia ser julgada, apesar de ostentar antecedentes criminais. Além disso, comprovamos cabalmente que os acusados estavam na cena do crime, e que de forma inequívoca havia a intenção de matar. Todas as teses da defesa foram abordadas e afastadas na réplica, por diversos modos e exemplos, não restando dúvidas aos jurados quanto à conclusão do julgamento e a presença das qualificadoras”, comentou.
O CASO
Conforme narra a denúncia ofertada contra os dois pelo Ministério Público, o caso em questão ocorreu no dia 19 de dezembro do ano passado, por volta das 04:00 horas, na Rua José César da Silva, bairro Eugênio Areal, próximo ao Bar do Cleudo, tendo como vítima Denilson Alves Flores.
De acordo com as investigações, no dia dos fatos os denunciados estavam em uma casa abandonada em frente ao Bar, ocasião em que a vítima passou por eles e sabendo que Denilson pertencia a facção “Bonde dos treze” decidiram ceifar sua vida.
Consta ainda que os dois acusados aproveitaram que a vítima estava de costas para efetuar os disparos. Foram cinco tiros, entretanto, somente um deles chegou a atingí-la.
A apuração do caso concluiu que o crime foi motivado pela guerra entre facções rivais já que a vítima seria do “Bonde dos treze” e os autores integravam o comando vermelho. Socorrido, Denilson Alves Flores foi encaminhado para o Hospital João Câncio e conseguiu sobreviver.
Um detalhe curioso acerca desse caso é que no presente momento Denilson Alves Flores (vítima) encontra-se preso na penitenciária Evaristo de Moraes, onde responde pela prática de um homicídio ocorrido no mesmo Bairro em que fora baleado pelos réus.
Sob a presidência do juiz Fábio Farias, a sessão do Tribunal do Júri estará de volta nesta quarta-feira, 28, com a análise de mais um caso.