O estado do Acre recebeu, na terça-feira (20), 400 tornozeleiras eletrônicas e disponibilizou para a Justiça. Desde o dia que foram entregues, 100 presos do regime semiaberto passaram a ser monitorados eletronicamente na capital acreana, Rio Branco.
O secretário de Segurança Pública Emylson Farias informou que a ideia é que todos os presos do regime semiaberto passem a ser monitorados e não precisem ir dormir no presídio.
Dessa forma, segundo Farias, a Unidade Penitenciária UP4, conhecida como Papudinha – onde ficam os presos do regime semiaberto, não seria mais usada para receber os detentos.
“Colocamos 400 tornozeleiras à disposição da Justiça. Todos os presos estando monitorados eletronicamente, o presídio fica sem ninguém. Dessa forma, a gente monitora eles o dia todo e à noite ele volta para casa, e não mais para o presídio”, afirmou Farias.
Sobre o prédio da unidade penitenciária, o secretário disse que, caso todos os presos passem a ser monitorados por tornozeleira, eles vão pensar no que será feito.
“O prédio pode ficar com a parte http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativa do Iapen, pode ser uma escola, a gente vai pensar no que vai funcionar no prédio. O fato é que lá não vai mais funcionar um local para abrigar presos”, concluiu.
Desde o incêndio que destruiu cerca de 60% do presídio, os detentos do semiaberto estão no Presídio Francisco d’Oliveira Conde.
Atualmente, de acordo com informações do diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), Aberson Carvalho, a capital tem cerca de 150 presos no regime semiaberto.
Cavalho afirmou que 50 presos já passaram a ser monitorados ainda na terça-feira (20) e outros 50 nesta quarta.
“Desde ontem que estamos retirando presos do semiaberto para colocar a tornozeleira e na semana passada retiramos 80 presos”, afirmou Carvalho.
Fechar o presídio
Após a morte de quatro pessoas e incêndio de três carros e uma moto em uma nova onda de violência no último dia 2 de fevereiro, o secretário de Segurança Pública sugeriu o fechamento da Papudinha.
Na época, ele afirmou que a ideia era que todos os 390 presos custodiados na Papudinha passem a usar tornozeleiras eletrônicas.
A Vara de Execuções Penais da Comarca de Rio Branco anunciou, no último dia 5 de fevereiro, que ainda não autorizou o fechamento da unidade.