Categoria alega que está sem pescar e que INSS está repassando pagamentos para 20 pescadores por dia. Órgão disse que se reuniu com a categoria e que benefícios vão ser pagos.
Pescadores se reuniram em frente ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na Avenida Getúlio Vargas, em Rio Branco, para protestar e pedir que o órgão libere o pagamento do Seguro Defeso. A categoria alega que está sem poder pescar por causa do período e que os repasses estão sendo feitos apenas de 20 em 20 pescadores por dia.
Ao G1, o chefe de Serviços de Benefícios do INSS, Rodilson Cordeiro, explicou que se reuniu com a categoria na semana passada e que recebeu representantes novamente nesta quinta (11) para explicar a situação.
Segundo ele, foi explicado aos pescadores que a gestão está fazendo todo o esforço possível para concluir os requerimentos, conforme a equipe de trabalho disponível. Ele falou que o órgão teve uma queda na produção devido ao recesso de fim de ano e que alguns servidores estão de férias. No entanto, a situação deve mudar já na próxima semana e, em seguida, ser normalizada.
“Nesse período de recesso é normal que não tenha o mesmo ritmo. Mas, já expliquei a eles que a tendência é que o cenário mude para a melhor na próxima semana para fazermos o processamento desses defesos o quanto antes”, complementou.
Getúlio Vargas Gilsomar Oliveira, diretor de Agricultura do município de Plácido de Castro, disse que em todo o estado há ao menos 11 mil pescadores e que eles estão passando necessidades por não estarem trabalhando e sem receber o benefício.
“Todos os pescadores têm direito a receber o Seguro Defeso e não podem pescar durante os quatro meses de defeso, isso é uma lei nacional. Todos os pescadores do Brasil inteiro já receberam e somente o estado do Acre não. A superintendêcia do INSS aqui não está habilitando o pessoal para receber”, reclamou.
Oliveira falou ainda que se o órgão fizer os pagamentos de 20 em 20 pessoas, os repasses vão demorar muito para ocorrer. “Isso vai demorar até 2019. As federações entraram em consenso, que é um direito já garantido de receber o defeso, porque nesse momento nós não estamos podendo pescar, estamos parados”, finalizou.