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Mesmo com decisão judicial, mulher espera cirurgia cardíaca há 30 dias: ‘pode ter morte súbita’

Mulher está internada desde o dia 19 de dezembro no Huerb. Sesacre diz que todos os esforços estão sendo feitos e que medida judicial deve ser cumprida até final da próxima semana.


Há 30 dias, a agricultora Lourdes Maria de Castro Gonçalves, de 51 anos, aguarda por uma cirurgia cardíaca em Rio Branco. Mesmo com mandado da Justiça obrigando a realização do procedimento, a mulher segue internada no Hospital de Urgência e Emergência da capital (Huerb) sem previsão para fazer o procedimento.


Preocupada com a situação da mulher, a advogada Ana Paula Diniz, que entrou com o pedido na Justiça, afirmou que a mulher pode ter morte súbita, segundo laudo.


Ao G1, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) informou que tem feito os esforços para cumprir a medida judicial. “A Secretaria de Saúde, em conjunto com a Procuradoria Geral do Estado, tem feito todos os esforços para cumprir com a ordem judicial, o que deve ocorrer até o fim da próxima semana”, informou.


A filha de Lourdes, a agricultora Claudiane de Castro, de 29 anos, disse que as crises da mãe começaram há cinco meses. Segundo ela, a mulher, que está internada no Huerb desde o dia 19 de dezembro do ano passado, sente muitas dores no peito.


“Hoje mesmo [quinta-feira, 18], minha mãe reclamou de muita dor. Estamos preocupados e esperamos que os médicos venham logo fazer essa cirurgia. Em outubro ela fez a primeira consulta. De lá para cá, tem crises constantemente”, disse a filha.


Laudos médicos falam que mulher tem quadro grave e pode sofrer morte súbita (Foto: Arquivo pessoal)

Laudos médicos falam que mulher tem quadro grave e pode sofrer morte súbita (Foto: Arquivo pessoal)


A advogada informou que o procedimento cirúrgico que Lourdes precisa fazer só é feito por meio de uma equipe médica de Recife, que faz cirurgias uma vez por mês no Hospital Santa Juliana em Rio Branco. Porém, segundo ela, devido inadimplência por parte do estado do Acre, a equipe não pôde comparecer em janeiro para os procedimentos.


“Existe um convênio entre o hospital e o Estado, que eles pagam essa equipe que vem uma vez por mês e faz a cirurgia em quem precisa. Acontece que, por inadimplência do estado, a equipe deixou de vir esse mês. A última vez que vieram foi na primeira semana de dezembro. Desde setembro que estão com essa dívida que já chega a R$ 900 mil”, afirmou a advogada.


A decisão judicial, segundo Ana Paula, foi divulgada na quarta (10) e a Justiça deu um prazo de 48 horas para o Estado trazer a equipe médica para fazer a cirurgia.


“Desde o dia 12, o Estado está descumprindo essa medida judicial. Estamos procurando informações com a Sesacre e a resposta que temos é que vão fazer uma reunião com secretário e tentar resolver a situação. Enquanto isso, a dona Lourdes nessa situação grave, podendo ter morte súbita”, reclamou Ana Paula.


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