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Menina de 1 ano, que retirou olho após tumor, vai passar por quimioterapia e família continua campanha

Mãe acusa Estado de omissão em apoio à menina, que está na capital paulista em tratamento. Saúde diz que vai acompanhar o caso.


A pequena Heloise da Silva, de 1 ano, vai precisar passar por quimioterapia em fevereiro deste ano. O procedimento faz parte do tratamento que a menina foi submetida após ser diagnosticada com retinoblastoma – tumor ocular – e o oftalmologista solicitou encaminhamento urgente para fora do estado.


A criança é natural de Mâncio Lima e há cerca de 2 meses está em tratamento em São Paulo, onde teve o olho direito retirado devido o tumor. A família faz campanha pedindo ajuda para custear as despesas da menina.


Para ir e voltar ao hospital onde faz tratamento, a mãe gasta uma média R$ 100 por dia. Maria Melo diz que buscou ajuda junto ao Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e foi informada que o Estado não pode dar nenhuma ajuda devido à família ter viajado para São Paulo por conta própria.


“Tomei a decisão de vir por conta própria por desespero. Dei entrada no pedido de TFD no dia 4 de outubro e alegaram que não tinha conseguido agendamento para a menina. Liguei para a moça esta semana e ela disse que ainda não tinha conseguido agendamento. Já pensou se estivesse esse tempo todo aí esperando? Graças a Deus ela está bem”, diz.


A pequena deve iniciar as sessões de quimioterapia dia 15 de fevereiro e terá que ficar alguns meses na capital paulista.


“Minha filha teve o olho retirado e agora só enxerga com o olho esquerdo. Agora tem que fazer sessões de quimioterapia. Não temos previsão de quando vamos voltar para casa. Nossa despesa aqui é grande. Tudo é muito caro e estamos numa casa de apoio lotada. Estamos na zona leste e o tratamento é na zona sul, temos que atravessar a cidade inteira, pegamos um ônibus e dois metrô para chegar”, conta.


Maria diz ainda que o caso da menina era grave e que o tumor estava avançado rápido. “A prova é que logo que chegamos ela foi operada, pois o tumor dela estava avançado. Ai no Acre falaram que não era urgente”, reclama.


Procurado pelo G1 o coordenador regional de Saúde, Gontran Neto, disse que vai tentar dar algum apoio para a criança.


“Vou procurar me informar dessa situação. Ver se tem alguma maneira de conceder algum auxílio. O TFD concede uma ajuda para quem viaja para fora do estado, só que, às vezes, as pessoas em desespero devido à situação acabam não esperando os trâmites e viajam antes de concretizar o processo”, finaliza.


Sem ajuda do Estado, familiares continuam campanha para conseguir ajuda financeira para ajudar nas despesas de mãe e filha que terão que ficar mais alguns meses em São Paulo. Até esta terça-feira (23), já foi arrecadado cerca de R$ 2 mil nas caixas de coleta espalhadas nas cidades de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.


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