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Manifestantes fazem buzinaço em frente ao Terminal Urbano contra ex-presidente Lula em Rio Branco

Ato ocorre na véspera do julgamento do ex-presidente. O ex-presidente foi denunciado na 13ª Vara Federal de Curitiba por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.


Um grupo de manifestantes a favor da prisão do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um ato em frente ao Terminal Urbano, em Rio Branco, na tarde desta terça-feira (23). Com cartazes e fotos do ex-presidente, o grupo pedia que os motoristas buzinassem a favor da prisão de Lula.


Condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses de prisão no caso do triplex em Guarujá (SP), o ex-presidente terá seu recurso julgado na quarta-feira (24) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), segunda instância das ações da Operação Lava Jato.


No Acre, o ato foi encabeçado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e alguns partidos de oposição. A organização do buzinaço diz que não estima quantas pessoas devem participar do evento e que a mobilização foi feita pela internet, através das redes sociais.


“O nosso ato é mais para que a população se mobilize para dar um apoio à Justiça do país, inclusive ao juiz Sérgio Moro, que conduziu até o último momento o julgamento e agora foi transferido para outra Vara. A população está ansiosa para esse julgamento como se fosse uma Copa do Mundo”, diz Felipe Mendes, membro do MBL no Acre.


A professora Vanessa Rocha, de 32 anos, diz que não a motivação para participar do ato não é política, mas de mudança. “Queremos mudar a cara da política que a gente só vê coisa errada, roubo e estou aqui para prestigiar, ver a mudança. Mobilizar as pessoas a entender um pouco e reagir, não ficar só ouvindo sem expor os pensamentos. A proposta é fazer o povo abrir a boca.


Ato contra Lula foi liderado pelo MBL em Rio Branco  (Foto: Luan Cesar/G1)

Ato contra Lula foi liderado pelo MBL em Rio Branco (Foto: Luan Cesar/G1)


Entenda

A condenação de Lula por um crime comum foi a primeira imposta a um ex-presidente no Brasil. Tanto o petista quanto o Ministério Público Federal (MPF) recorreram da decisão: a defesa pede a absolvição de Lula, e o MPF solicita o aumento da pena.


Na sentença, Moro sustenta que a OAS pagou R$ 2,2 milhões em propina a Lula por meio da entrega do triplex e reformas realizadas no imóvel.


O ex-presidente nega ser dono do apartamento. Nesse mesmo processo, Lula foi absolvido da acusação de ter se beneficiado irregularmente do armazenamento de seu acervo presidencial, pago pela empresa.


Com cartazes, manifestantes pedem Lula na cadeia  (Foto: Luan Cesar/G1)

Com cartazes, manifestantes pedem Lula na cadeia (Foto: Luan Cesar/G1)


Na segunda instância, o caso será analisado pelos três desembargadores da 8ª Turma do TRF-4, em Porto Alegre. O processo possui outros seis réus. O G1 vai transmitir o julgamento ao vivo.


G1 também fez um levantamento das principais perguntas sobre o julgamento de Lula. Você pode conferir:


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