Crime ocorreu em dezembro de 2016 em bairro de Cruzeiro do Sul. Mulher alega que irmão da vítima também é ameaçado pelo suspeito.
A mãe do pedreiro Edmilson do Nascimento, morto em 25 de dezembro de 2016 no bairro São José, em Cruzeiro do Sul, reclama da lentidão da Justiça para julgar o caso. O homem foi morto após ser atingido por uma barra de ferro.
Passado mais de um ano do crime, Maria das Dores Oliveira, de 51 anos, diz que vive amedrontada pelo suspeito do crime e que se sente presa. Diz ainda que o homem está morando perto da casa dela e também desafia o irmão da vítima.
“Há alguns meses, o acusado foi baleado e veio morar em frente a minha casa. Isso tem me causado muito incômodo, ver ele solto, transitando no meio da rua como se nada tivesse feito. Sei que a punição não trará meu filho de volta, mas ao menos quero que o suspeito seja punido de alguma maneira”, diz emocionada.
A dona de casa diz ainda que o suspeito diz que foi morar perto da família para ver se o outro filho dela tem coragem de desafiá-lo. “Ele matou meu filho e quem vive presa sou eu. Já perdi um filho e não quero perder outro”, teme.
Maria diz que procurou a Justiça para saber o motivo da demora e diz que foi informada que o processo já havia sido encaminhado para a promotoria.
“Lá me informaram que estavam entrando em recesso e que talvez no início desse ano fosse realizada a audiência de julgamento. Mas, até agora não foi resolvido nada”, reclama.
Ao G1, a diretora da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cruzeiro do Sul, Rosenilde Mesquita, diz que atraso ocorreu na delegacia e que o acusado Francisco Galber Pereira Gomes deve ir a julgamento nos próximos meses.
“O inquérito foi finalizado na delegacia dia 5 de outubro de 2017 e chegou aqui no dia 10 do mesmo mês. O processo foi enviado ao Ministério Público, foi devolvido ao Judiciário e atualmente está com vista para a defesa do acusado. Após a defesa, será marcada a audiência de instrução do processo”, garante.