A professora Rosana Nascimento, presidente da Central Única dos Trabalhadores no Acre, cobrou uma intervenção da Amac (Associação dos Municípios do Acre), no sentido de tirar do Deracre a gestão de quase 90 milhões destinados à melhoria de ramais no estado. Rosana esteve pessoalmente com a presidente da Amac, Marilete Vitorino, prefeita de Tarauacá, a quem fez a seguinte:
“Não é possível depositar confiança num órgão todo enlameado em corrupção. É um risco muito grande”, disse, referindo-se às investigações da Polícia Federal envolvendo o desvio de R$ 700 milhões para construção de estradas no Acre e em Rondônia. Esses recursos são fruto de emendas de bancada. “Por tudo que aconteceu envolvendo recursos públicos sob o domínio do Deracre, não é exagero nenhum afirmar que essas emendas correm sério risco de serem usadas indevidamente”, alertou a sindicalista. Uma alternativa apresentada pela presidente da CUT é para que as prefeituras passem a controlar os recursos, mediante acompanhamento dos órgãos fiscalizadores.
Rosana informou que em municípios como Sena Madureira, Bujari, Quinari, Porto Acre e Acrelândia – por onde passam as principais malhas viárias do estado -, a previsão de recursos é insuficiente para atender às necessidades dos trabalhadores rurais. Enquanto isso, cidades como Rio Branco e outras, com malha viária menos extensa, terão mais dinheiro. “Nós esperamos que a Amac faça esta interlocução junto à Coordenação da Bancada Federal do Acre. É justo que esses recursos sejam distribuídos de acordo com o tamanho da malha viária de cada município”, finalizou.
A presidente da Amac assumiu o compromisso de fazer a articulação junto ´aos senadores e deputados federais em reunião do próximo dia 20.