Todas as executivas regionais do DEM serão dissolvidas até o dia 28 de fevereiro, data da convenção do partido. O presidente da legenda no Acre, Tião Bocalom, deve perder o cargo antes mesmo desta data caso não aceite compor com o senador Gladson Cameli.
O deputado Alan Rick, em entrevista bastante esclarecedora, na manhã desta segunda-feira, confirmou que o presidente nacional dos democratas, senador Agripino Maia, lhe confiou a responsabilidade reordenar o partido. E mais: o DEM entrou na briga pra indicar o vice de Gladson, tendo, inclusive, apoio do PMDB, Solidariedade, PTB e outros. Leia abaixo a entrevista em que Alan Rick diz sonhar com uma mudança de opinião de Bocalom e Ulisses
acjornal: Dizem que o senhor quer tomar o DEM…
Alan Rick – Mentira. Em novembro, teve reunião com as executivas estaduais. Estas foram informadas que seriam dissolvidas as atuais executivas estaduais em todos os estados, sendo repassadas para os deputados federais da legenda fazerem uma reorganização. Eu nunca quis fazer parte do diretório. Eles próprios me colocaram como secretário executivo. Eu não aceitarei ser presidente do DEM, mas a mim é confiada a responsabilidade de reordenar o partido. Não fugirei dessas responsabilidade. É bom deixar claro que isso tudo é decisão da Executiva Nacional, ocorrida ainda em novembro.
acjornal – E essa tal unidade?
Alan Rick – Buscarei a unidade até o fim. O próprio senador Gladson procurou o nosso presidente nacional, admitiu que falhou em certas situações aqui no Acre quando buscou firmar a unidade das oposição, inclusive com a presença do DEM. O senador demonstrou interesse em reconstruir, arrumar a casa, ou seja, alcançar a alternância de poder através da unidade. Achei um gesto humanitário da parte do Gladson. Eu, pessoalmente, sou flexível. Não sei se o Bocalom estará propenso a isso também. Ouvi que ele não volta atrás na decisão de apoiar o Ulisses.
acjornal – Como ficam o Bocalom e o Ulisses?
Alan Rick – Ao Agripino, informei o que as lideranças democratas no Acre me disseram. Ou seja, não querem embarcar em aventuras, e reafirmaram seu interesse em caminhar com o senador Gladson. Esta é a unidade que eles também desejam. O Ulisses também não quer vir para esse grupo. Então, infelizmente, o ego e a vaidade prevalecem. Quando não tem coração mole para perdoar, as coisas só se agravam. Eu, pessoalmente, quero que o Bocalom permaneça presidente. Rede social não é parâmetro de pesquisa. Tenho um apreço enorme pelo Bocalom, e, sinceramente, não gostaria de perdê-lo. Ele teria todo o apoio do DEM para ser eleito deputado federal. O cenário é esse. Não há mais motivo para esse ódio e essa raiva toda. Quando a gente se torna cristão, a gente perdoa fácil. Eu não consigo pensar diferente. Meu sonho é receber uma ligação do Bocalom, agora ou mais tarde, em que ele diria que está disposto a repensar e caminhar junto com a gente. É um cara combativo, honesto. O Ulisses seria, certamente, também um dos estaduais mais votados. Estamos abertos a todos que queiram, de fato, a alternância de poder e dar um basta no PT.