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Emprestado ao Cruzeiro, Careca lembra dificuldades do início da carreira no Acre

Meia-atacante, que está emprestado pelo Atlético-AC até o mês de agosto, deve se apresentar em Belo Horizonte no dia 18 deste mês. Ele tem contrato Galo acreano até o fim de 2019

Raianderson Moraes, ou simplesmente Careca. Um craque do futebol acreano na atualidade. Perdeu o pai ainda criança, aos 12 anos. E a responsabilidade da educação ficou por conta da mãe e da avó, que se dedicaram para viabilizar um sonho de criança: o de ser jogador de futebol profissional.


O que aos 13 anos de idade parecia bem distante, se tornou realidade. Após destaque no Atlético-AC na temporada 2017, quando foi escolhido ocraque do Campeonato Acreano, ele foi contratado por empréstimo pelo Cruzeiro por um ano. O contrato com o clube mineiro vai até o mês de agosto deste ano e ele deve ser apresentar à Raposa no dia 18 de janeiro. O vínculo com o Atlético-AC é até o fim de 2019.


Careca está emprestado pelo Atlético-AC ao Cruzeiro até o mês de agosto deste ano (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)

Careca está emprestado pelo Atlético-AC ao Cruzeiro até o mês de agosto deste ano (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)


– Comecei com 15 anos, fiz uma peneira no Juventus-AC com o professor Illimani (Suares). Daí começou essa longa história no futebol. Depois ele acabou indo para o Vasco-AC, ficou dois anos. Do Vasco, tive a oportunidade de ir para o Atlético-AC. Tem até uma história porque desde antes já tinha uma ligação com o Atlético-AC. Joguei juvenil pelo Atlético-AC, jogava de meia, camisa 10. E depois tive mais uma oportunidade, que foi no profissional do Galvez – recorda.


E foi com a camisa do Galo Carijó que ele conquistou a projeção para um grande time nacional. O início não foi fácil. Não tinha dinheiro para treinar, garantir uma boa chuteira e muito menos uma alimentação adequada. O muito que tinha era só um sonho de ser um grande jogador.


– Dificuldade a gente enfrenta muito. A falta de condições acho que era uma das maiores. Às vezes a gente pensava muito em desistir, pelo fato de chegar e nem ter dinheiro pra ir treinar. Acho que todos que jogam futebol passam por isso – comenta.


Careca com a família em Rio Branco; meia está de férias na capital acreana (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)

Careca com a família em Rio Branco; meia está de férias na capital acreana (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)


A motivação para realizar o sonho vinha da família, que sempre esteve ao lado desde os primeiros toques na bola.


– O pai dele faleceu e eu exerci a função de pai e mãe na vida dele e da irmã. Então, a dificuldade surgiu por conta de que às vezes ele não tinha dinheiro nem pra ir treinar. Ia de bicicleta para o Juventus, tinha a dificuldade às vezes do transporte, porém a gente nunca desistiu. Eu e a família estamos aqui hoje apoiando ele como sempre. Sempre acreditamos que um dia ele ia chegar lá, com a ajuda de Deus – diz a mãe Nazaré Costa, que trabalha como atendente de telemarketing em Rio Branco, capital do Acre.


O fã clube da família era organizado pela irmã, Stefani Gama, que não faltava um jogo.


– Sempre. É fundamental nós estarmos lá porque a gente passa uma força da arquibancada pra ele e acho que ajuda mais – destaca.


Logo que chegou em Belo Horizonte, em 2017, Careca estava sozinho. Mas dias depois contou com a presença da noiva, Vanessa Kelli, para aliviar um pouco a saudade da família no Acre. Apesar de pouco tempo na Raposa, ele conseguiu realizar um dos sonhos da mãe: adquirir a casa própria para a família.


Careca com a mãe Nazaré Costa em Rio Branco; jogador adquiriu casa própria para a família (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)

Careca com a mãe Nazaré Costa em Rio Branco; jogador adquiriu casa própria para a família (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)


Com data marcada para voltar ao Cruzeiro, Careca, que foi premiado pelo clube mineiro com a medalha e a faixa de campeão da Copa do Brasil 2017, destaca que o pensamento é se reapresentar para saber o que será do futuro. Se seguirá na Toca da Raposa ou se vai seguir a carreira em um outro clube. Opções de mercado existem, segundo ele.


– A apresentação está marcada para o dia 18. Surgiram algumas propostas, meu empresário está vendo com a diretoria do Atlético-AC. Até porque tenho contrato com o Atlético-AC e não posso ser emprestado. Eles têm que chegar em um acordo. Então, em primeira mão, dia 18 tenho que me apresentar e é nisso que tenho que pensar – afirma.


Seja com a camisa do Cruzeiro ou de outro clube para 2018 ele espera novas conquistas na carreira.


– Hoje acho que posso dar uma condição melhor para minha família, posso ajudar minha família. Esse era um dos maiores sonhos que eu tinha. Falando da minha carreira, foi um salto muito importante (chegar ao Cruzeiro), e espero só subir. Do Cruzeiro pra frente e cada vez mais ir subindo como profissional – finalizou.


O meia-atacante ainda foi relacionado pelo técnico Mano Menezes para penúltima partida do Cruzeiro no Campeonato Brasileirão 2017 contra o Vasco, no Mineirão, mas acabou não sendo utilizado pelo treinador Celeste.


*Colaborou Luízio Oliveira, da Rede Amazônica Acre


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