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Corpo de agricultor é confundido com o de presidiário e acaba sendo enterrado por engano em Cruzeiro do Sul

Família percebeu engano na funerária quando foi buscar o corpo. “Quando puxei o lençol vi que não era meu tio’, diz sobrinha da vítima.


O corpo do agricultor Antônio Lima da Silva, de 54 anos, foi enterrado por engano no cemitério de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. O corpo de Silva foi confundido com o do presidiário Liberman Dias, de 38 anos. A família do agricultor disse que percebeu o engano na funerária quando foi buscar o corpo.


Aldenizio Bernardo, gerente da Funerária Caminhos de Luz, informou que quando chegou no Instituto Médico Legal (IML) para levar o corpo, a papelada dizia que o cadáver era do presidiário e não do agricultor. Ainda conforme ele, o documento que estava no IML foi encaminhado pelo Hospital do Juruá.


“O corpo foi entregue para nós como sendo do Liberman, então, não houve engano por parte da funerária, porque só tinha um corpo lá e liberado como Liberman”, afirmou.


G1 tentou contato com a direção do Hospital do Juruá, onde Silva e Dias estavam internados, mas não conseguiu contato até a publicação desta reportagem.


A sobrinha do agricultor, Jaqueline Pinheiro, de 23 anos, que estava acompanhando o processo para levar o corpo do tio a Porto Walter, onde a família mora, disse que assim que perceberam o engano procuraram a funerária para saber o que tinha acontecido.


“Na hora que eu fui buscar o corpo, eles [funerária] não queriam me deixar ver, quando eu puxei o lençol vi que não era meu tio e quis saber onde ele estava, foi quando me disseram que ele tinha sido enterrado por engano”, contou.


Jaqueline relata a aflição da família para resolver o caso. “Eles [funerária] chegaram a dizer para deixar para lá, porque meu tio já estava enterrado, mas eu disse que não, que tinha uma família esperando por ele e que ele seria enterrado em Porto Walter”, complementou.


A família procurou a Delegacia de Polícia Civil de Cruzeiro do Sul e foi informada que poderia desenterrar o corpo de Silva. O delegado Vinícius Almeida falou que nesse caso a família não precisava de uma autorização formal.


“Eles [familiares] procuraram e contaram que havia sido um engano, não foi preciso de autorização porque foi uma exumação, mas para outros fins, para consertar o erro”, disse Almeida.


Homens sofriam de cirrose hepática

O agricultor estava internado há duas semanas e morreu na madrugada de domingo (14) após uma parada cardíaca em decorrência de uma cirrose hepática. O preso confundido estava internado desde o início do mês também em decorrência de uma cirrose.


A assistente social do Presídio Manoel Neri, Nayana Neves, disse que o homem, que cumpria pena desde 2013 por roubo, não possui parentes em Cruzeiro do Sul e que o engano aconteceu enquanto a unidade buscava os papéis para a liberação do cadáver.


“Eu estava acompanhando esse caso e isso aconteceu enquanto fazíamos o procedimento para a autorização do enterro, mas o erro já foi resolvido e o Liberman foi enterrado corretamente”, afirmou.


O corpo do agricultor foi levado, ainda neste domingo (14), para o município de Porto Walter e enterrado na manhã desta segunda-feira (15).


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