Previsão é que ponte seja entregue em outubro de 2018, segundo Caetano. Em 2014, enchente histórica cobriu rodovia e isolou o estado do Acre via terrestre.
Em entrevista ao Jornal do Acre 1ª Edição desta quinta-feira (11), o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Thiago Caertano, afirmou que a construção da ponte que liga o Acre à Rondônia não vai impedir que o estado acreano fique isolado via terrestre.
Em 2014, o Rio Madeira registrou sua cheia histórica e atingiu a marca de 19,74 metros, situação que deixou o Acre isolado via terrestre por vários dias. Em estado de alerta, a Defesa Civil no Acre já realiza o trabalho de monitoramento como meio de prevenção.
Conforme a Defesa Civil do Acre, nesta quinta o Rio Madeira atingiu 19,95 metros no Abunã, região próximo à balsa e em Porto Velho chegou à marca dos 13,61 metros.
O superintendente do Dnit informou que as obras da ponte, que liga o Acre à Rondônia, está em andamento normal e que não tem risco de atraso na entrega, que está prevista para outubro deste ano.
“A entrega da ponte não vai tirar a preocupação com relação as cheias, vai tirar a preocupação da balsa, que na última grande cheia demorava para fazer a travessia mais de 2h. O principal ponto crítico que alaga é o trecho entre a balsa e Porto Velho, como não vai ser feito agora a elevação da pista, o problema continua. Ainda que a ponte seja concluída, caso tenha cheia com a mesma proporção de 2014, corre risco de isolamento”, afirmou o superintendente.
Caetano disse ainda que, após a cheia histórica do Rio Madeira, foi iniciado um debate a cerca da situação da rodovia, porém, segundo ele, acreditava-se que as grandes cheias ocorriam a cada 100 anos.
Com isso, ficou uma discussão política e orçamentaria para saber se valia a pena ou não fazer a elevação da estrada.
“A gente tem visto que não é só a cheia e que o curso hidrológico tem mudado consideravelmente. Então, caso ocorra uma nova cheia esse ano, medidas vão ser tomadas para que seja elevado o nível da rodovia. Porém, isso demanda tempo, projeto e orçamento. Uma obra dessa natureza demora cerca de 2 a 3 anos”, explicou Caetano.
O superintendente falou ainda sobre uma parte da BR-364 onde o asfalto cedeu. “Em relação à rodovia, temos feito contato permanente, tem gente monitorando a situação para estabilizar e impedir que a erosão avance. A situação está controlada e não tem risco de romper a BR-364”, afirmou.
Para elaborar um plano de ação e se adiantar para um possível isolamento o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil já fazem monitoramento do comportamento das águas do Rio Madeira.
“O Rio Madeira apresentou um nível de 19,95 metros no Abunã, na balsa, em Porto Velho 13,61 metros. Esse nível está abaixo. Temos um plano de contingência e faremos qualquer intervenção que for necessária para que a população não venha sofrer nenhum tipo de desabastecimento, caso a águas dele atinjam a rodovia”, disse o major.