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Amigos usam bambu para produzir cerca de 100 guitarras por mês em Rio Branco

Ideia da dupla é fazer a produção em larga escala. A produção de uma guitarra de bambu pode durar até duas semanas.


O bambu é um produto bastante conhecido no Acre. Já foi utilizado para fazer compensados e painéis e no ano passado, o governo anunciou que investiria R$ 30 milhões para incentivar o mercado do bambu.


Os músicos Lucas Mortari e Wasley Araújo decidiram trabalhar como luthier, que é a profissão que constrói e faz a manutenção de instrumentos musicais. Amantes da música e pensando em inovar, o bambu foi o material escolhido pela dupla para fazer guitarras em Rio Branco.


Com o material de produção diferente, os músicos garantem que o som da guitarra feita de bambu também dá um resultado diferenciado.


“O sustain, a duração do acorde, a vibração do som do instrumento é maior, então produz sons mais agudos, mas não um agudo estridente e isso pode ser corrigido. Eu e outros músicos que a gente mostrou achamos o som maravilhoso”, destaca.


Para fazer a montagem completa da guitarra de bambu, os músicos explicam que o serviço pode durar até duas semanas. Além disso, Araújo explica que é necessário usar equipamentos também diferenciados.


“Quando eu fiz o pré corte do corpo da guitarra, a serra que eu uso para cortar ferro cegou. Então a gente faz o trabalho à mão também”, diz.


Os músicos produzem cerca de 100 guitarras por mês, todas feitas por encomenda, mas a ideia, de acordo com o Mortaria, é produzir em grande escala, para exportar para outros estados ou ainda outros países.


“A ideia é produzir isso em escala industrial, para a gente poder oferecer para as empresas que trabalham com música, com instrumento, para lojistas, exportar, e mostrar que a gente tem um produto de qualidade no Acre”, acrescenta.


Mortaria acredita que outros países estão avançados nas técnicas de produção com o bambu e que é necessário estudo para desenvolver e produzir produtos à base de bambu na região.


“A gente tem uma matéria-prima de excelente qualidade, mas estamos muito atrás de alguns países na matéria de beneficiamento e industrialização do bambu. Então, a gente precisa estudar para produzir”, finaliza.


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