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Aliados de Tião Viana na Aleac podem trair funcionários da saúde e Daniel Zen fica no “olho do furacão”


A lembrança de uma votação massacrante, em que os trabalhadores do Pró Saúde saíram vitoriosos, no final de 2017, virou pesadelo quando Tião Viana vetou o projeto que estava prestes a virar lei. O tormento será maior, provavelmente. Os 24 votos que aprovaram a transformação da paraestatal em autarquia estadual, evitando, assim, a demissão de 1.800 pais de família, não serão os mesmos quando o veto do governador Tião Viana voltar ao Plenário.


Os opositores que votarão para derrubar o veto são: Chagas Romão e Eliane Sinhasique (PMDB), Luis Gonzaga (PSDB), Nicolau Júnior e Gerlen Diniz (PP), Nelson Sales (PV), Antônio Pedro (DEM) e Wendy Lima (PR). Dois deputados considerados aliados ao governo, Éber Machado (PSDC) e Raimundinho da Saúde (este último autor do projeto) adiantaram que não vão mudar o voto. Nesse contexto já dão 10 votos favoráveis à queda do veto e a manutenção da lei como ela foi aprovada. Faltariam três votos para alcançar a maioria simples.


Os aliados do Palácio Rio Branco, em sua maioria, argumenta que ainda não foi orientada sobre o que fazer. E o líder do governo do parlamento, Daniel Zen, é mencionado como a figura que vai dar as coordenadas finais. É óbvio que o governador dará ordens para que a bancada do PT não mais seja liberada a votar de acordo com suas convicções. O acjornal conversou com alguns parlamentares da base governista. Veja o que eles disseram:
“Não sei qual será a orientação do meu partido. Vamos aguardar”, disse o deputado Heitor Júnior (PDT). “Eu posso ser punido se descumprir orientações partidárias. Ainda não tenho definições de nada”, afirmou o deputado Jonas Lima (PT). Para o deputado Manoel Moraes (PSB), “a tendência é manter o voto”, mas ele não falou com a certeza de quem tem convicção.


O deputado Raimundinho da Saúde (POdemos) promete lotar as galerias. Ele entende que a votação do veto deixará claro quantos e quais os parlamentares estarão compromissados com os empregos dos trabalhadores.


A reportagem não conseguiu contato com os deputados Josa da Farmácia, Jesus Sérgio, Leila Galvão, Lourival Marques, Genilson Leite e Maria Antônia.
Os parlamentares retornarão do recesso na próxima sexta-feira (6), mas é provável que o veto do governador entre em discussão somente após o Carnaval.


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