Ufac abre processo para apurar conduta do professor do curso de Medicina que se fantasiou de “Negão do WhatsApp”


A Universidade Federal do Acre abriu processo http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo para apurar a conduta do professor do curso de Medicina, médico Giovanni Casseb, que se “fantasiou” na terça-feira da semana passada de “Negão do WhatsApp” durante uma aula da saudade.


A “fantasia” gerou enorme repercussão nas redes sociais. Ativistas acusaram o professor de prática racista. Também houve defesas ao professor. Até a primeira dama do Estado, Marlúcia Cândida, entrou na polêmica. Em um texto no Facebook, ela manifestou apoio a Giovanni Casseb.


O reitor da Universidade Federal do Acre, Minoru Kinpara, disse que em no máximo 30 dias será divulgado o resultado do processo http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo. Não há previsão de afastamento do professor, que já pediu desculpas publicamente.


No auge da polêmica, Giovanni Casseb publicou um texto afirmando que sua intenção não era ofender os negros e se colocou à disposição pela luta anti-racista.


“Quero publicamente pedir desculpas a quem se sentiu ofendido com a caracterização, nunca tive intenção de ofender ou oprimir quem quer que seja! Conheço a luta do povo negro e não compactuo com racismo ou qualquer discriminação de cunho racial , sexual , religiosa e me coloco à disposição para juntos fortalecermos essa luta!”, se desculpou o professor.


“É um professor muito querido. Não há um questionamento sobre a conduta dele. A universidade não irá fazer nada sem antes dar direito ao contraditório”, afirmou Minoru.


O reitor repudia qualquer ato de racismo e lamenta que essa seja uma prática “impregnada na nossa cultura”.


“Independente do resultado, a universidade já tomou algumas providências. São coisas que na universidade nós não resolvemos com decretos, mas com debates e conscientização. Estamos fazendo atividades, encontros, e o próprio professor se disponibilizou a participar desses debates que serão intensificados na universidade. E embora ele tenha pedido desculpa, não foi suficiente para acalmar os ânimos.”


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